Daniel Alves, ex-jogador de futebol, está prestes a completar nove meses de detenção na prisão de Brians 2, em Barcelona, na Espanha. Aguardando julgamento por acusações de agressão sexual, que aconteceu em dezembro de 2022. A investigação foi encerrada em julho, e, de acordo com informações da imprensa espanhola, o julgamento está previsto para ocorrer entre outubro e novembro deste ano.
Em agosto, com o encerramento das investigações pela Justiça de Barcelona, Daniel Alves e sua defesa optaram por desistir dos recursos adicionais, com o objetivo de agilizar o processo judicial e garantir que o jogador se tornasse réu no caso. Em uma declaração enviada ao Estadão na época, foi afirmado que “Daniel Alves tem se mostrado insatisfeito com o relato dos fatos contidos na decisão judicial, que não condizem com a realidade do ocorrido.” No entanto, ele também enfatizou que não recorreria da resolução para acelerar o julgamento, destacando que a denúncia era uma etapa necessária para o encaminhamento do caso ao juiz de primeira instância.
O QUE SE SABE SOBRE O CASO?
Ainda não há uma data definida para o julgamento de Daniel Alves. Desde o início das investigações, o jogador negou publicamente as acusações de estupro e alegou não conhecer a mulher envolvida. Suas declarações variaram ao longo das investigações. Importante ressaltar que Daniel Alves participou da Copa do Mundo do Catar até meados de dezembro de 2022, antes de retornar ao futebol mexicano, onde tinha um contrato vigente. Após sua prisão, o Pumas rescindiu seu contrato. Durante seu período de detenção, Daniel Alves também passou por uma separação conjugal, mas teve a companhia de seus filhos e da mãe deles, que estiveram mais próximos em Barcelona. Relatos chegaram a mencionar que o brasileiro sofria perseguição por parte de outros detentos.
O caso ganhou destaque na imprensa espanhola no final de 2022, quando foi revelado que Daniel Alves estava sendo investigado por supostamente ter cometido uma agressão sexual em uma casa noturna de Barcelona. A vítima estava acompanhada de amigas, e a equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia, que colheu o depoimento dela.
Em janeiro de 2023, a Justiça espanhola aceitou a denúncia e iniciou a investigação oficial contra o ex-jogador do Barcelona. Durante esse processo, surgiram inconsistências nas declarações de Daniel Alves à Justiça, levando à prisão provisória em 20 de janeiro. A juíza Maria Concepción Canton Martín justificou a prisão com base no risco de fuga do jogador, bem como nas variações de suas versões dos eventos.
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Daniel Alves prestou depoimento de forma voluntária à polícia, sem a presença de seus advogados. À época de sua prisão, ele estava na Espanha devido ao falecimento da sogra. Desde então, sua defesa fez repetidos pedidos de liberdade, todos negados.
Em abril, o jogador voltou a depor na Justiça espanhola, reiterando que a relação sexual em questão foi consensual. Além disso, ele admitiu que suas múltiplas versões anteriores do caso visavam ocultar uma infidelidade em relação à sua esposa, Joana Sanz. Embora tenha indicado a intenção de se separar, Sanz continuou a visitar Daniel Alves na prisão e, segundo informações do canal espanhol Telecinco, desistiu do divórcio recentemente.
Uma mudança importante na legislação espanhola ocorreu em outubro de 2022, com a introdução da lei “Só sim é sim“, que define crimes sexuais de acordo com o consentimento da vítima. Isso significa que todos os atos sexuais não consensuais são considerados como violência. Nesse contexto, a pena potencial para Daniel Alves, caso seja condenado, pode variar de oito a dez anos de prisão.
Em fevereiro, o depoimento de oito testemunhas presentes na noite do incidente foi registrado. Isso incluiu amigas e parentes da denunciante, garçons da casa noturna Sutton, o porteiro, o diretor da casa noturna e outros frequentadores da noite em questão.
O Juizado de Instrução 15 de Barcelona continua a conduzir a investigação, que permanece em andamento até o julgamento.