Clássico mais antigo do Estado de São Paulo, o dérbi campineiro já foi e ainda é o motivo de muita emoção e euforia entre os apaixonados pelo futebol. Campinas literalmente para quando Guarani e Ponte Preta se enfrentam. Esse reflexo é visto também nos demais pontos do Brasil. Por isso, selecionamos seis dos dérbis mais emocionantes que tivemos ao longo dos 203 confrontos entre os clubes.

Além do mais antigo, o dérbi campineiro é também um dos mais equilibrados. Das 203 partidas realizadas, o Guarani venceu 69, a Ponte Preta, 66. Outros 67 jogos terminaram empatados. Há ainda um resultado desconhecido.

Veja a lista abaixo:

Pacaembu (03/06/1979) – Guarani 2 x 0 Ponte Preta- Pela primeira e única vez na história, o dérbi campineiro foi realizado fora da cidade de Campinas. Quase 39 mil torcedores estiveram presentes e fizeram desta marca o recorde de público do clássico, que terminou com vitória bugrina por 2 a 0, gols de Capitão e Zenon, de pênalti. O árbitro Hélio Cosso anotou ainda duas expulsões, de Mauro (lateral do Guarani) e Nenê (zagueiro da Ponte Preta).

Brinco de Ouro da Princesa (28/10/2002) – Guarani 2 x 4 Ponte Preta – Com mais de 16 mil torcedores, o dérbi campineiro foi realizado pela primeira vez em uma segunda-feira, um dia depois da vitória presidencial de Lula sobre Serra. Antes mesmo da bola rolar, a tensão já era vista nas arquibancadas. Em um confronto entre polícia e torcedores da equipe alvinegra, uma grade de proteção desabou, deixando mais de 30 pessoas feridas. 
 
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A tensão teve reflexo dentro de campo. O árbitro Paulo César de Oliveira expulsou três jogadores: Gilson e Sangaletti (Guarani) e Luciano Baiano (Ponte Preta), e confirmou um total de seis gols. O time bugrino fez 2 a 0, com Sérgio Alves e João Paulo, mas a equipe alvinegra virou para 4 a 2, com gols de Marinho, Lucas, Basílio e Elivélton, de pênalti.

A vitória fez a Ponte Preta quebrar um tabu de 15 anos sem vencer o Guarani, o mais longo se tratando do dérbi campineiro, e foi comemorado como um título pelos torcedores alvinegros, com direito a valsa de Piá. 
 
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Brinco de Ouro da Princesa (11/10/2003) – Guarani 1 x 3 Ponte Preta – O argentino Darío Gigena entrou para a história da Ponte ao marcar os três gols da vitória por 3 a 1. O gol do time bugrino foi anotado por Wagner. A vitória, que quebrou uma série de dez jogos de invencibilidade do Guarani em seu estádio, foi muito comemorada pelos pontepretanos. O preparador de goleiros, da época, e agora treinador, João Brigatti iniciou uma confusão ao desfilar pelos gramados com uma bandeira da Ponte.

Brinco de Ouro da Princesa (29/04/2012) – Guarani 3 x 1 Ponte Preta – Diante de um público de um pouco mais de 15 mil torcedores, o Guarani venceu, de virada, o considerado ‘dérbi do século’, pela semifinal do Campeonato Paulista. O triunfo ficou conhecido como ‘Medina’s Day, justamente por ter sido Medina o grande herói do duelo. Ele entrou no lugar do ídolo Fumagalli e marcou dois dos três gols do time bugrino, o outro foi marcado por Fábio Bahia. Caio fez para a equipe alvinegra.

Brinco de Ouro da Princesa (05/05/2018) – Guarani 2 x 3 Ponte Preta – Após cinco anos sem dérbi, a dupla campineira se reencontrou na Série B do Campeonato Brasileiro. O momento do Guarani era melhor, mas foi a Ponte Preta que venceu o clássico. Danilo Barcelos, contra, abriu o placar para o time bugrino, mas a equipe alvinegra virou com Reginaldo e André Luís, duas vezes. Rondinelly, de pênalti, descontou.

Assim como fez Gigena em 2003, André Luís usou uma máscara de gorila para comemorar a virada da Ponte. No entanto, nem tudo foi festa. Antes do dérbi, um torcedor da Ponte Preta morreu, após briga entre as torcidas organizadas de ambos os clubes.

Brinco de Ouro da Princesa (16/03/2020) – Guarani 3 x 2 Ponte Preta – Com portões fechados, por uma determinação da Secretaria de Saúde, o último jogo antes da paralisação do Paulistão, por causa da Covid-19, teve uma virada sensacional do Guarani, quebrando um tabu de oito anos sem vitória contra a Ponte Preta.

Alisson e Roger, de pênalti, fizeram 2 a 0 para a Ponte Preta, mas Júnior Todinho, Juninho e Thallyson, este aos 43 minutos do segundo tempo, conduziram a virada do Guarani.
 
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