14 de dezembro de 2024
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Dérbi Campineiro

Conheça a história dos hinos de Guarani e Ponte Preta

Tanto Guarani como Ponte Preta têm seus próprios hinos, que os torcedores defendem com unhas e dentes

  

Kim Belluco – Especial para Dérbi Campineiro

O dicionário traz muitas definições para a palavrahino. Entre os antigos, era considerado como um poema em honra dos deuses e dos heróis. Na liturgia cristã, é o cântico de louvor a Deus. Mas não demorou muito para o hino se tornar o símbolo de uma nação. É usado também em gritos de guerra, em uma brincadeira, na batalha e por que não no estádio. Assim, os clubes criaram seus hinos e os torcedores aderiram à iniciativa. Antes de todo jogo, é comu m escutar e se arrepiar com os hinos ecoados nas arquibancadas.

Em Campinas, não é diferente. Tanto Guarani como Ponte Preta têm seus próprios hinos, que os torcedores defendem com unhas e dentes.   

Abaixo, contamos um pouco mais sobre a história dos hinos dos dois clubes.

GUARANI, ANO DE 1976

O hino do Guarani surgiu no ano de 1976. O então presidente Leonel Martins de Oliveira designou os integrantes do Departamento Social do clube, Antonio Carlos Milanês e Hermógenes de Freitas Leitão Filho, para definir quem seria responsável por criar o”grito de guerra” bugrino.

O hino, então, ficou a cargo do jornalista e compositor Oswaldo Guilherme, autor de alguns sucessos, como”Raízes”,”Franqueza”e”Conselho”, e do amigo e torcedor fanático pelo Guarani, Augusto Duarte Ribeiro. Antes de fazer a produção, pediu que os conselheiros bugrinhos dessem alguns pitacos do que deveria constar no hino e foi entregue uma seleção de frases e palavras, que, ao serem misturadas com a criação da dupla, resultou no que é hoje o Hino do Guarani.

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A estreia do hino ocorreu no dia 8 de agosto de 1976 em um jogo contra o Palmeiras, pelo Campeonato Paulista, no Brinco de Ouro da Princesa. A partida terminou empatada por 2 a 2. Flecha e Zenon marcaram para o Guarani. Já Jorge Mendonça, duas vezes, marcou para a equipe de Palestra Itália, que tinha no seu elenco craques como Emerson Leão e Ademir da Guia.

O Hino do Guarani foi eleito o mais belo entre os clubes de futebol que participaram de um concurso, realizado no Estado do Mato Grosso.

PONTE PRETA, ANO DE 1979

A história do Hino da Ponte Preta começou em 1971, quando foi realizado um concurso para definir qual representaria o clube. O evento, apresentado pelo jornalista Bety Rodrigues, contou com sete músicas finalistas, até que a vencedora, eleita pela plateia, foi”Avante Ponte Preta”, de Maria Aparecida Mota Aguiar, e interpretada pelo cantor José Américo.

O hino, no entanto, foi envolvido em uma polêmica de plágio, já que teria um trecho de uma das músicas de Nelson Gonçalves. Por conta disso, combinado com a recusa do cantor Jair Rodrigues de gravar a música, ela acabou caindo no esquecimento.

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Com isso, a Torcida Jovem, a principal organizada da Ponte Preta, recebeu das mãos de Renato Silva o que seria o Hino oficial da Ponte Preta. A decisão foi tomada no ano de 1979. A reportagem entrou em contato com historiadores e com o clube para saber a primeira vez que o hino foi tocado oficialmente, mas foi encontrado nenhum registro, justamente pela música ter começado das arquibancadas.

– Veja o hino do Guarani:

“Eu levo sempre comigo,
Em todo campo que eu for,
A bandeira do verde e branco,
Símbolo do torcedor.

Brinco de Ouro, a nossa taba,
Construído com devoção,
Nossa Família Bugrina,
Tem raça e tradição.

Refrão
Avante, avante meu bugre!
Com fibra e destemor!
A cada nova jornada,
Guarani é mais amor.

Avante, avante meu bugre!
Que nós vibramos por ti!
Na vitória ou na derrota,
Hoje e sempre, Guarani.”
 

– Confira o hino da Ponte Preta:

Estandarte desfraldado
preto e branco é sua cor
Ponte Preta vai pro campo
prá mostrar o seu valor

Ponte Preta inflamante
Ponte Preta emoção
Ponte Preta gigante
raça de campeão

Seu estádio é o Majestoso
seu nome uma glória
Ponte Preta sempre sempre
na derrota ou na vitória

És amada Ponte Preta
Orgulho de nossa terra
Ponte Preta de paz
Ponte Preta de guerra
Ponte Preta de paz
Ponte Preta de guerra

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Luciana Félix
Supervisora de conteúdo digital do acidade on e do Tudo EP. Entrou no Grupo EP em 2017 como repórter do acidade on Campinas, onde também foi editora da praça. Antes atuou como repórter e editora do jornal Correio Popular e do site do Grupo RAC. Também atuou como repórter da Revista Veja, em São Paulo.
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