Foram 538 gols no dérbi campineiro, dos mais variados estilos. Alguns, porém, ocorreram apenas uma vez, a exemplo do gol olímpico. Coube a Noca, no ano de 1957, a honraria de marcar o único gol em cobrança de escanteio do clássico entre Guarani e Ponte Preta. Na ocasião, a Macaca venceu o Bugre por 2 a 1.
Noca foi um ponta direita que atuou pela Ponte Preta nos anos de 1953 a 1957. Ele disputou 169 jogos com a camisa alvinegra e marcou 42 gols. O futebol chegou a ser comparado com o de Garrincha, tamanha sua irreverência e seus dribles secos.
O atacante disputou 15 dérbis, com seis vitórias, três empates, seis derrotas e cinco gols marcados, sendo três no Brinco de Ouro da Princesa, todos importantes. Ele balançou as redes no primeiro dérbi do estádio bugrino, em 1953, com vitória por 3 a 0 para a Ponte Preta.
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Um ano depois, deixou o seu no triunfo por 4 a 0, em partida na qual chegou a provocar o adversário ao sentar na bola durante o embate, em represália à expulsão do volante Lola.
Por fim, Noca marcou o gol olímpico no dia do aniversário da Ponte Preta, em 11 de agosto de 1957. Foi o seu último dérbi como profissional, com direito à obra de arte. Em pleno Brinco de Ouro, a Macaca venceu o Guarani por 2 a 1, na despedida de um dos mais talentosos pontas que passaram pelo Moisés Lucarelli.
“Noca era como um Garrincha da Ponte. Quando a Ponte atacava do lado da geral, ele se soltava e era um show à parte. Eu adorava vê-lo”, disse Dicá em um dos livros sobre a história da Macaca, publicado pelo historiador Stephan Campineiro.
Confira a ficha técnica do jogo com o único gol olímpico do dérbi:
GUARANI 1 X 2 PONTE PRETA
GUARANI: Nicanor, Gonçalves e Bené II; Dalmo, Joe e Bassu; Friaça, Fifi, Villalobos, Benê I e Jansen.
PONTE PRETA: Fernandes; Bruninho e Pirani; Esnel, Carlito Roberto e Vilela; Paulinho, Ayrton, Nininho, Bibe e Noca.
ÁRBITRO: Catão Montez Júnior (FPF).
RENDA: Cr$ 200.910,00
GOLS: Noca (gol olímpico), Nininho e Jansen.
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