Paulo Carneiro, o ex-presidente do Vitória, se envolveu em uma polêmica na noite desta terça-feira (25). Isso porque, durante uma participação ao vivo no podcast Zona Mista, o ex-dirigente afirmou que “comprou” um desembargador no Rio de Janeiro por R$ 600 mil em um processo contra a CBF e a TV Globo. Ele teria entrado com a ação depois de “ter feito um campeonato e vencido o Fluminense por 6”.
Além disso, Carneiro ainda revelou que trocou urina para que o ex-volante Matuzalém não fosse pego no exame antidoping. Revelado pelo Vitória, o atleta jogou pelo clube de 1997 a 1999, ano em que foi para a Itália.
“Era maconheiro”, disse o ex-presidente.
Porém, após fazer as declarações, Carneiro pareceu se espantar ao perceber que o programa era ao vivo. Com isso, rapidamente o ex-dirigente pediu para que a transmissão fosse interrompida.
“Não grava, não”, pediu. O vídeo, então, foi retirado do Zona Mista, no Youtube. Mas recortes já tinham sido publicados por internautas a essa altura.
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Apesar de Paulo Carneiro não ocupar nenhum cargo neste momento, uma possibilidade de punição ao ex-dirigente não pode ser totalmente descartada.
“Tecnicamente, é possível falar em punição ao ex-cartola nesse momento. O artigo 165, § 6º do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) diz que a prescrição começará a contar a partir do momento em que a Procuradoria tomar conhecimento dos fatos. Há uma série de textos interessantes no Lei em Campo sobre o tema, discutido após a confissão do ex-atleta Rafael Sóbis de que teria atuado em desfavor de sua equipe”, explicou o advogado Vinicius Loureiro, especialista em direito desportivo, ao UOL.
Entretanto, o advogado fez algumas ressalvas. “Pensando na prática do tribunal, ao menos com relação às infrações previstas no CBJD, a denúncia, mesmo tecnicamente possível não deverá ocorrer”, disse.
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