Quando compramos um medicamento na farmácia, buscamos o auxílio de advogado, um tratamento com o dentista ou fazemos uma pequena reforma na nossa casa estamos usando conhecimentos, orientações, tecnologias, produtos e terapias que foram pesquisados, testados e aprovados por cientistas e em estudos nas universidades de todo o mundo. Todos os conhecimentos que servem para melhorar a qualidade de vida, desde a cura de uma doença até assistir a uma série numa plataforma de streaming, foram criados por pesquisadores e instituições que se dedicam a descobrir, inovar e disponibilizar novos recursos para a população.
As universidades são as condutoras principais da pesquisa científica no Brasil e no mundo. Assim também é na Unaerp onde, desde a primeira metade da década de 1980, o investimento em estudos científicos tem possibilitado a identificação de novos ativos para medicamentos fitoterápicos, o conhecimento de bactérias responsáveis por infecções gravíssimas, a criação de aplicativos que orientam o atendimento em situações de emergência, o desenvolvimento de novos materiais e processos e de recentes tecnologias de preservação ambiental, entre outras dezenas de trabalhos.
A Instituição também forma pesquisadores aptos a produzir conhecimentos que contribuam para a construção de respostas para as demandas biológicas, sociais e econômicas da região, do país e também do mundo e dissemina os resultados desse investimento de anos. “Temos compromisso com o acesso da população a esse conhecimento”, diz a reitora da Universidade, professora doutora Suzelei de Castro França. “Na Unaerp, queremos explorar ao máximo a massa crítica existente, esse potencial de capacitação nas várias áreas do saber, aglutinando equipes, trabalhando em rede, e com isso podendo fazer projetos de interesse socioeconômico, que, afinal, é a missão da universidade”.
No Brasil, a maioria dos centros de pesquisa está diretamente vinculada às universidades. Portanto, a pesquisa brasileira nasce intimamente ligada à educação de nível superior, mais especificamente aos programas de pós-graduação. Na Universidade, a sistematização e estruturação da área de pesquisa remonta ao início da década de 1980 com a implantação do Centro de Pesquisa da Unaerp (CEPA), que surgiu da necessidade de integrar o ensino ao desenvolvimento de estudos e extensão desses conhecimentos à comunidade. Naquele momento, era necessário também delinear a atuação científica da Instituição diante das demandas da microrregião em que ela se insere.
Daquela ação embrionária, a Universidade, por meio da CEPA, passou a uma política sistematizada, com investimentos em pesquisas, divulgação ou publicação de resultados, participação de pesquisadores da Unaerp em eventos científicos, atuação junto a órgãos de fomento e a empresas investidoras em projetos parceiros, entre outras iniciativas que trouxeram a Instituição até ao cenário atual.
PATENTES DE FITOTERÁPICOS E APLICATIVO PARA PRIMEIROS-SOCORROS
Os primeiros estudos foram nas áreas de biotecnologia, meio ambiente, educação, cultura e gestão pública. Todos, de pesquisa aplicada ao contexto regional. Gradualmente, a Instituição foi se concentrando em áreas de conhecimento que renderam publicações em periódicos internacionais com alto fator de impacto e permitiram resultados como o Prêmio do Mérito Científico do Estado de São Paulo conquistado pela Unidade de Biotecnologia, entre outros.
A partir daquelas primeiras iniciativas, a Universidade continuou direcionando esforços e recursos para formar um corpo de pesquisadores de alto nível, capazes de interagir em polos de pesquisa e atuar em igualdade de condições com seus pares alocados em instituições públicas e privadas. A Instituição investiu na formação de pessoal de pesquisa, estimulou a publicação em congressos nacionais e internacionais, instalou laboratórios e equipamentos, fomentou as atividades de iniciação científica e consolidou sólidos programas de pós-graduação stricto sensu.
Muitos dos pesquisadores da Unaerp alcançaram reputação nacional e internacional e participam em pesquisas desenvolvidas em parcerias com equipes de diversas partes do mundo, além de manter convênios com empresas, organizações e instituições públicas, privadas e do terceiro setor, especialmente das regiões nas quais estão instalados os campi da Universidade.
Graças a essas diretrizes, os resultados aparecem. Hoje, são cinco programas de pós-graduação stricto sensu, 45 grupos de pesquisa registrados no CNPq, doze patentes e quatorze registros de softwares. Recentemente, em 2019, duas pesquisas da Universidade ganharam repercussão internacional. Uma delas, do Programa de Mestrado e Doutorado em Biotecnologia, desenvolvida em parceria com a UFSCar, com apoio da Fapesp, foi publicada na Scientific Reports. O estudo é sobre a potencialização da ação terapêutica da planta amazônica unha-de-gato (Uncaria guianensis), cujos compostos são conhecidos pela capacidade de combater tumores e inflamações.
Outro estudo que alcançou publicação no “Journal of Global Antimicrobial Resistance” e nos principais periódicos da área, identificou a existência de superbactérias fora do ambiente hospitalar. O projeto foi um dos destaques na Retrospectiva 2019 da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo-FAPESP e ganhou reportagens nacionais nos principais veículos de imprensa. Segundo o pesquisador André Pitondo, responsável pelo estudo, “a Unaerp recebeu o meu grupo de pesquisa e proporcionou infraestrutura, apoio financeiro e condições para instalar o Laboratório de Bacteriologia e Biologia Molecular, que possui equipamentos modernos de alto custo que necessitam de espaço físico adequado e, muitas vezes, condições especiais de instalação. Alcançar esse resultado, portanto, é também uma forma de retribuir o incentivo da Universidade e mostrar que ela faz pesquisas de excelência em diversas áreas, contando com importantes pesquisadores”.
Em 2021, a Unaerp teve sete pesquisadores classificados no ranking Latin America 10.000 Top Scientists, de acordo com pesquisa realizada e divulgada pelo AD Scientific Index.
ALGUNS RESULTADOS
– 12 depósitos de patentes
– 14 registros de programas de computador
– 45 grupos de pesquisa registrados no CNPq
– 04 Programas de Doutorado
– 05 Programas de Mestrado
– Parcerias com Capes, Finep, Fapesp, Petrobrás, CNPq e convênios com empresas e instituições públicas e privadas.
– Sete pesquisadores classificados no ranking Latin America 10.000 Top Scientists 2021 (Fonte: AD Scientific Index).
DOUTORADOS E MESTRADOS
Os programas de Mestrado e Doutorado da Unaerp visam a uma capacitação altamente especializada e formam profissionais e pesquisadores que produzem avanços científicos, tecnológicos e mercadológicos. Para tanto, a Universidade mantém parcerias com os principais órgãos de fomento à pesquisa como CNPq, Fapesp, Finep e CAPES, entre outros, além de parcerias com organizações privadas.
Com isso, é possível aos pesquisadores, dos sêniores aos jovens em iniciação científica, obterem bolsas de estudo, além de investimentos em laboratórios e recursos para pesquisas. São quatro programas de Doutorado e cinco de Mestrado que abrangem as áreas de saúde, biológica, ambiental, humanas e educação.
BIOTECNOLOGIA
– Mestrado e doutorado com Conceito 4 (CAPES/MEC).
– Áreas de concentração em Biotecnologia aplicada à Saúde e Biotecnologia aplicada à Agroindústria e ao Meio Ambiente abrigam 25 linhas de pesquisa.
– 101 projetos de pesquisa em andamento.
– Intercâmbio com outros programas de pós-graduação e centros de pesquisa nacionais e internacionais.
– Projetos e bolsas com apoio financeiro da FAPESP, IFSP, CNPq e CAPES.
DIREITO
– Mestrado e Doutorado com Conceito 4 (CAPES/MEC).
– Área de concentração em Direitos Coletivos e Cidadania com linhas de pesquisa em Concreção dos Direitos Coletivos e Cidadania e Proteção e Tutela dos Direitos Coletivos.
– Projetos de pesquisa em Direitos Coletivos como Instrumentos de Concreção da Cidadania; Instrumentos e mecanismos de solução das demandas de massa; entre outros.
EDUCAÇÃO E SAÚDE
– Mestrado profissional com Conceito 4 (CAPES/MEC).
– Área de concentração em Ensino de Ciências e Saúde.
– Linha de pesquisa em Educação Permanente em Saúde.
– Fomento do CNPq e da CAPES para cerca de duas dezenas de projetos de pesquisa.
– Formação inter e transdisciplinar para atuação na prevenção e promoção de saúde utilizando métodos inovadores de educação em saúde.
ODONTOLOGIA
– Mestrado e doutorado acadêmico avaliado com Conceito 5 (CAPES/MEC).
– Áreas de concentração em Endodontia e em Implantodontia, com quatro linhas de pesquisa.
– Corpo docente de alto nível com dois docentes permanentes bolsistas de produtividade do CNPq.
– Apoio de agências de fomento como FAPESP, CNPq e FINEP para bolsas, insumos e equipamentos.
– De 2015 a 2019 desenvolveu Doutorado Interinstitucional (DINTER) com a Faculdade de Odontologia IMED, de Passo Fundo.
TECNOLOGIA AMBIENTAL
– Mestrado e doutorado profissional avaliado com Conceito 4 (CAPES/MEC).
– Participação em polos de pesquisa como o Prosab e o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, da Fapesp.
– Linhas de pesquisa em Controle de Poluição e Contaminação do Ar; Desenvolvimento de Tecnologias de Tratamento de Água e Efluentes; e Gestão Integrada e Gerenciamento de Resíduos Químicos.