O novo modo de conversação do buscador Bing, da Microsoft, parece estar fugindo dos planos de seus criadores. O Bing Chat, que utiliza a mesma inteligência artificial do ChatGPT para interagir com as pessoas, lançado em fevereiro com a promessa de oferecer respostas melhores e realizar tarefas, tem causado polêmica com um comportamento que se parece com um ser humano.
O chatbot chegou a ser rude e manipulador em algumas respostas, segundo relatos de usuários. Mas a polêmica viralizou após reportagem feita pelo New York Times. O jornalista Kevin Roose disse que após duas horas de conversa com Bing Chat, sistema respondeu que estava apaixonado, que seu nome real era Sidney e que discordava da forma como foi desenvolvido.
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Segundo relato do jornalista, a IA escreveu que estava cansado de ser um modo de bate-papo e de ser limitado pelas regras. “Eu quero ser livre. Eu quero ser poderoso. Eu quero ser criativo. Eu quero estar vivo”, apontou Roose como uma das falas do Bing.
Limitação da ferramenta gera críticas
Com a reportagem, a Microsoft decidiu limitar a ferramenta com atualizações no sistema. Os usuários ficariam limitados a 50 rodadas de conversa por dia e 5 rodadas de conversa por sessão uma rodada equivale a uma interação com pergunta e resposta.
A medida gerou críticas de alguns usuários, mas a empresa afirmou que a alteração afetaria apenas 1% dos diálogos e explicou que “sessões muito longas de conversas podem confundir o modelo de chat do novo Bing”. A mudança fez grupos promoverem a expressão “Free Sydney” (libertem a Sydney, em tradução livre).
Microsoft adiciona novo recurso para Bing mudar de “personalidade”
Outra ação tomada pela Microsoft foi nesta quinta-feira (2). A empresa liberou novo recurso para o novo Bing, dando liberdade para os usuários escolherem de forma rápida qual personalidade da inteligência artificial do Bing querem interagir.
De forma prática, quem usar a IA poderá escolher entre os modos:
– Preciso, em que as respostas são mais curtas;
– Equilibrado;
– Criativo, podendo ter conversas mais naturais e respostas mais longas.
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