As startups estão cada vez mais presentes em todos os segmentos de mercado, e inseridas em um ecossistema que atrai profissionais, empresas, poder público e universidades. O termo surgiu nos Estados Unidos, na década de 1990, no Vale do Silício, com o início da internet. Nessa época, vários projetos envolvendo novas tecnologias foram criados na região e as ideias que tinham potencial para se transformar em empresas de sucesso receberam o nome de startups.
Mas o que é uma startup?
Na definição da Associação Brasileira de Startup (Abstartups), é uma empresa que nasce a partir de um modelo de negócio ágil e enxuto, capaz de gerar valor para seu cliente resolvendo um problema real, do mundo real. E que oferece uma solução escalável para o mercado e, para isso, usa tecnologia como ferramenta principal.
De acordo com Mariana Zanatta Inglez, gerente do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp e da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp), para entender melhor o conceito de uma startup é importante explicar a diferença em relação a uma empresa tradicional.
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“Segundo Eric Ries, a definição para startup é: uma instituição humana criada para elaborar um novo produto ou serviço em condições de extrema incerteza. Ou seja, a startup é uma empresa nascente testando seu modelo de negócios. Já uma empresa tradicional não necessariamente traz uma solução inovadora e costuma atuar num mercado tradicional, já conhecido, que não oferece riscos ao negócio”.
Mas será que a sua empresa está nesse patamar de inovação? Para ajudar a conclusão, Mariana aponta, de acordo com sua experiência, quais os cinco elementos indispensáveis ao modelo de negócio que define uma startup.
Confira abaixo:
1. Solução inovadora: A inovação é um diferencial das startups em relação às empresas tradicionais, pois é o que movimenta o rápido crescimento desse modelo de negócio.
2. Negócio escalável: A startup precisa produzir um crescimento significativo com mínimo de recursos e estrutura. Sem isso, pode ser definida como pequena ou média empresa.
3. Repetível: Para alcançar a escalabilidade, a startup precisa, antes, ter uma solução repetível. Isso significa entregar o mesmo produto ou serviço para muita gente de forma rápida e em larga escala.
4. De alto risco: Tirar as ideias do papel envolve riscos, especialmente porque se trata de lidar com coisas novas e incertas. As chances de um produto não dar certo são altas, por isso, é preciso planejamento.
5. Equipe dinâmica: Uma empresa não funciona sem as pessoas que nela trabalham, e a personalidade das startups requer uma equipe multidisciplinar que consiga se adaptar às rápidas mudanças e incertezas desse modelo.
A importância das startups no mercado econômico
Segundo o levantamento da Abstartups, no Brasil há mais de 22 mil startups. A maior concentração está no estado de São Paulo, com 32,5%, seguido de Santa Catarina (12,6%) e Minas Gerais (9,5%). Vale destacar que os números mostram que as regiões de Campinas, São Carlos, Ribeirão Preto e Sul de Minas são grandes polos de inovação e empreendedorismo. Entre essas regiões, quatro startups figuram no top 10 do ranking de 100 startups brasileiras mais atraentes para as grandes empresas.
“As startups trazem soluções inovadoras para o mercado e têm agilidade para rapidamente pivotarem (mudarem) suas soluções, se for preciso, para atuar em outro mercado. Além disso, as startups podem crescer rapidamente e gerar empregos qualificados”, destaca Mariana.
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