O Google deu um passo importante na evolução da inteligência artificial ao apresentar novos agentes de IA e o modelo Gemini 2.0 Flash. Os anúncios destacam como a empresa está reimaginando o uso da tecnologia para tarefas autônomas, integração com ferramentas digitais e avanços em buscas online.
Nova geração de IA do Google substitui humanos?
Agentes de IA são sistemas de inteligência artificial projetados para executar tarefas complexas de maneira autônoma ou com supervisão mínima de humanos. Eles têm a capacidade de interpretar informações, tomar decisões e realizar ações para alcançar objetivos específicos. Esses agentes vão além de chatbots convencionais de IA generativa, como o ChatGPT, sendo capazes de operar em diferentes contextos e interagir com vários tipos de dados e sistemas.
Os agentes de IA do Google foram criados para realizar tarefas complexas com pouca ou nenhuma supervisão humana. Durante o evento, a empresa demonstrou como esses agentes, com o suporte do modelo Gemini 2.0 Flash, podem operar programas como a Busca do Google e outros softwares.
Gemini 2.0 Flash: mais rapidez e integração multimodal
O principal lançamento é o Gemini 2.0 Flash, modelo da nova geração de IA do Google. Essa versão é capaz de gerar conteúdos em diversos formatos, como textos, imagens e vídeos, além de interagir diretamente com ferramentas como a Busca do Google. Diferente dos modelos anteriores, ele oferece respostas mais ágeis, embora com menor precisão em alguns casos.
A nova IA já está disponível para desenvolvedores no Google AI Studio e no Vertex AI. Em janeiro, o Gemini 2.0 Flash será expandido para produtos e usuários finais, ampliando o alcance da tecnologia.
Projeto Mariner e o Google Chrome
Entre as inovações está o Projeto Mariner, que traz agentes de IA capazes de realizar tarefas diretamente no navegador Chrome. Esses agentes conseguem “enxergar” elementos da tela, como texto, imagens e código, e agir de forma autônoma para executar comandos, como coletar dados de sites e preenchê-los em planilhas.
Apesar de operar de maneira autônoma, todas as ações desses agentes passam por validação humana, uma abordagem conhecida como human in the loop. Essa tecnologia ainda está em fase experimental, mas sinaliza o potencial de automação avançada que pode chegar ao mercado em breve.
Expansão do Projeto Astra e óculos inteligentes
O chatbot multimodal Astra, integrado ao Gemini, ganhou novas funcionalidades, como suporte a vários idiomas em uma única conversa, acesso a ferramentas como Google Lens e Google Maps, e memória de curto prazo para contextos mais dinâmicos.
O Google também revelou um protótipo de óculos inteligentes equipados com a IA do Projeto Astra, uma possível evolução do Google Glass. Embora ainda sem detalhes sobre o lançamento, a empresa promete mais informações em breve.
Deep Research: IA com capacidade de análise detalhada
Outro destaque foi o Deep Research, que usa poder computacional para responder a consultas mais complexas, realizando múltiplas buscas e gerando relatórios detalhados com fontes verificáveis. Essa tecnologia já está disponível em inglês e pode ser integrada a ferramentas como Google Docs, otimizando fluxos de trabalho.
IA nas buscas e o futuro da pesquisa online
O modelo Gemini também será incorporado ao AI Overviews, recurso que resume informações diretamente nos resultados de busca. Com essa integração, os usuários poderão realizar cálculos, buscas multimodais e até tarefas mais elaboradas, como geração de código, sem precisar visitar outros sites.
Essas mudanças reforçam a visão do Google de que a busca online será profundamente transformada nos próximos anos. Segundo Sundar Pichai, CEO da empresa, os avanços atuais são apenas o início de uma nova era para a interação com tecnologias de IA. Em uma entrevista ao New York Times ele sugere que a busca online sofrerá grandes transformações já no início de 2025.
O Google planeja disponibilizar amplamente o Gemini 2.0 em janeiro, com novos modelos da mesma linha. Além disso, a atualização será integrada a mais produtos no início de 2025.
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