A recente reexibição de episódios de Chaves e Chapolin no SBT trouxe uma novidade tecnológica que desagradou muitos telespectadores. Utilizando IA (inteligência artificial) para remasterizar os episódios, o canal enfrentou uma onda de críticas por parte dos fãs, que apontaram distorções visuais e movimentos de câmera estranhos, resultado do uso da tecnologia.
Logo após a transmissão, diversos comentários surgiram no X (antigo Twitter) e em fóruns especializados, onde os espectadores compartilharam sua frustração. Eles observaram que a IA, ao tentar centralizar as cenas, gerou efeitos indesejados como quadros tremidos e alterações nos personagens.
Efeitos bizarros: câmera instável e personagens deformados
Um dos problemas mais comentados foi o movimento irregular da câmera em cenas que originalmente não apresentavam tal instabilidade. Esse ajuste automático da IA tentou centralizar os personagens, mas acabou gerando tremores desconfortáveis.
Além disso, as texturas e características dos personagens e objetos foram distorcidas. Alguns momentos ficaram bastante evidentes, como o rosto de Seu Madruga fundido à parede ou a falta de expressão de uma figurante em uma cena.
A IA também criou inconsistências bizarras, como em uma cena em que Chapolin aparece com uma mão com seis dedos e outra com quatro, além de imagens com rostos deformados, o que intensificou as críticas dos fãs.
SBT defende a tecnologia, mas promete ajustes
Apesar das reclamações, o SBT afirmou que continuará usando a IA para restaurar os episódios de Chaves e Chapolin, mas que levará em consideração o feedback do público para melhorar o processo. Segundo a emissora, o objetivo da tecnologia é corrigir falhas comuns em vídeos analógicos, como ruídos e instabilidades, sem alterar a essência dos episódios originais.
Polêmica da IA em séries antigas
O uso de IA em remasterizações de programas antigos não é novo e já gerou reações negativas em outras ocasiões. Séries clássicas como Castelo Rá-Tim-Bum e Mundo da Lua, ao passarem pelo mesmo processo, também apresentaram distorções, especialmente ao expandir a resolução de 4:3 para 16:9, causando alterações nos personagens e cenários.
A questão levanta um debate sobre até que ponto a tecnologia pode ser usada para aprimorar produções clássicas sem comprometer sua autenticidade visual, algo que os fãs de Chaves e Chapolin certamente continuarão acompanhando de perto. Resta aguardar os próximos episódios.
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