Muitos líderes de segurança ainda acreditam que ser ouvido pelo board é uma questão de domínio técnico. Mas não é. O problema da comunicação entre líderes técnicos e conselhos executivos não é falta de competência é falta de conexão.
É comum ver apresentações repletas de gráficos, dashboards de vulnerabilidades, indicadores de patches aplicados ou exploits bloqueados… e um silêncio constrangedor na sala.
O motivo? O board não fala “seguranquês”.
Enquanto você tenta explicar que 78% das APIs críticas não têm autenticação robusta, o que o conselho está realmente pensando é:
“Isso ameaça minha operação? E se sim, quanto custa?”
O erro mais comum: entregar dados sem traduzir impacto
Você não está lá para mostrar que sabe tudo.
Você está lá para proteger o que é mais importante para a empresa: receita, reputação, continuidade e confiança do mercado.
O board quer clareza, não complexidade.
Quer saber:
• Qual risco pode materializar em perda de receita?
• Onde estamos mais expostos que os concorrentes?
• O que você precisa para melhorar e quanto isso custa?
Um bom CISO não pede orçamento. Ele oferece proteção de valor.
Os líderes mais estratégicos que acompanho (e tenho o privilégio de mentorar no PACS) são aqueles que aprenderam a conectar segurança com as prioridades do negócio.
Eles não vendem projetos. Eles vendem redução de risco com retorno mensurável.
E fazem isso com três pilares simples:
1. Clareza de impacto: “Este risco pode gerar uma perda de R$ 2,7 milhões.”
2. Prioridade do negócio: “Este risco afeta diretamente nossa jornada digital e exposição de marca.”
3. Solução com custo-benefício: “Com R$ 320 mil, mitigamos 80% da superfície de ataque exposta.”
Simples, direto, incontestável.
Quer ser ouvido pelo board? Mude o idioma, não o conteúdo.
O conselho não precisa virar especialista em segurança.
Você é quem precisa virar um tradutor de valor.
Mostre como a segurança contribui para ESG, expansão internacional, aumento de market share.
Traga analogias, cenários reais, simulações de crise, benchmarking com concorrentes.
Evite jargões. Ensaie. Seja executivo.
E principalmente: respeite o tempo e a agenda do board.
Uma apresentação bem estruturada em 15 minutos vale mais que um relatório técnico de 30 páginas.
Se você é líder em segurança e quer ser visto como parte da estratégia não como um centro de custo essa mudança de postura é inegociável.
No PACS, eu ajudo líderes a dominarem essa transição.
Não só para falar melhor com o board, mas para ocuparem o espaço que merecem na mesa de decisões.
A pergunta que fica é:
Você está falando com o board ou apenas apresentando para ele?
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