A disputa pela liderança em inteligência artificial reúne gigantes da tecnologia. A OpenAI, com o ChatGPT, o Google, com o Gemini, e a Microsoft, com o Copilot, já estão consolidadas no setor com soluções que atendem desde conversas cotidianas até tarefas complexas. Agora, Meta entra em cena com a promessa de explorar um diferencial que as outras ainda não dominam.
Meta está pronta para desafiar ChatGPT e Gemini?
A Meta anunciou na última semana a criação de um aplicativo próprio da Meta AI, com funcionalidades que vão desde geração de imagens até busca em tempo real na internet.
O diferencial da ferramenta está na promessa de personalização: o sistema utiliza informações que o usuário já compartilhou no Facebook e Instagram para oferecer respostas mais ajustadas aos seus interesses.
- Meta AI terá um feed
O app foi desenvolvido com base no Llama 4, modelo de linguagem da própria Meta. Assim como outras plataformas do mercado, ele permite interações por texto e voz, edição de imagens e a criação de conteúdo.
O recurso de voz, por exemplo, terá uma opção de conversa contínua, simulando um bate-papo mais fluido com o assistente. Porém, essa função ainda está em testes e, inicialmente, não acessará dados em tempo real.
Outra novidade do aplicativo é a aba chamada Discover, que funciona como um feed social. Nela, usuários podem compartilhar ideias sobre como utilizar a inteligência artificial de maneira criativa ou útil no dia a dia.
A ferramenta também já substitui o antigo app Meta View, responsável pelo gerenciamento dos óculos inteligentes Ray-Ban Meta, reunindo em uma nova aba as configurações, mídias e dispositivos conectados.
Especialistas têm chamado atenção para o uso de dados pessoais na personalização das respostas. Como o sistema se apoia em informações coletadas nas redes sociais da Meta, surgem questionamentos sobre privacidade. Em alguns países, inclusive, a empresa teve de firmar acordos com autoridades reguladoras para garantir a conformidade legal no uso desses dados.
O aplicativo Meta AI será lançado primeiro nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. A Meta afirma que trabalha para expandir o acesso gradualmente, mas ainda não há previsão de chegada ao Brasil.
Google libera edição de imagens por IA no Gemini; veja como funciona
O Google começou a liberar um novo recurso no Gemini que permite editar imagens com comandos de texto. A ferramenta usa inteligência artificial para modificar fotos enviadas pelo usuário ou criadas pelo próprio sistema, permitindo ações como trocar o fundo, mudar cores, reposicionar elementos ou incluir objetos na imagem, mantendo o contexto visual.
A edição pode ser feita com instruções simples, como “coloque um boné amarelo” ou “mude o cenário para uma praia”. Além das edições visuais, é possível combinar texto e imagem, como ao pedir a criação de uma história ilustrada. Todas as imagens geradas ou alteradas recebem uma marca d’água invisível chamada SynthID, que sinaliza sua origem por IA.
A liberação está sendo feita de forma gradual e deve alcançar usuários em mais de 45 idiomas. No entanto, contas do Google Workspace e Education ainda não têm acesso. Para quem já recebeu a função, ela funciona com todos os modelos do Gemini.
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