46% dos funcionários, no Brasil, possuem acesso a informações sigilosas de seus clientes. É o que aponta a pesquisa “Impressões Digitais e sua relação com as pessoas e as empresas”, realizada pela Kaspersky. Segundo a pesquisa, esses dados são referentes aos nomes, documentos pessoais e endereços cadastrados em bancos de dados.
Em toda a América Latina, o Brasil é o país que mais chama a atenção em relação à segurança de dados. Por isso, especialistas explicam que o fácil acesso a essas informações pode ser um problema para as empresas.
De acordo com o gerente-executivo da Kaspersky no Brasil, Roberto Rebouças, é preciso aplicar restrições aos dados importantes da corporação. “Para que uma empresa se mantenha segura, não é necessário que uma senha seja trocada a cada três meses: uma senha forte e única já é uma ótima solução para continuar seguro. No entanto, é essencial que sejam aplicadas restrições antes dessa proteção, com o objetivo de que a senha não seja a única barreira entre um golpista e o dado que ele busca”, explica.
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Além disso, o especialista alerta para mais atenção à cibersegurança dentro das empresas. De acordo com a pesquisa, metade dos funcionários brasileiros entrevistados disseram que as corporações não fornecem treinamento sobre a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). Essa é uma ferramenta prevista na legislação que tem como objetivo regular as atividades de tratamento de dados na internet.
Para Roberto, embora essa lei não resolva completamente os problemas no cenário brasileiro, ela tem o poder de amenizar a situação. “Uma das responsabilidades previstas na LGPD é a empresa provar que tentou evitar o vazamento, e isso entra em jogo quando uma companhia sequer oferece treinamentos de cibersegurança. Além da exposição e de uma possível mancha na reputação, a empresa pode ser multada pela lei”, disse.
RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA
De acordo com a Kaspersky, para evitar danos à empresa, é necessário:
Instruir os funcionários sobre como proteger o ambiente corporativo por meio de cursos de treinamento exclusivo;
Fazer backup de seus dados regularmente e verificar se você pode acessá-lo rapidamente em caso de emergência;
Usar a Inteligência de Ameaças mais recente para ficar ciente das táticas, técnicas e procedimentos que estão sendo usadas pelos agentes de ameaças;
Usar soluções que ajudam a identificar e impedir ataques nos primeiros estágios;
Se ferramentas de acesso remoto e senhas vazadas forem usadas em ataques, é necessário alterar todas as chaves usadas no sistema.
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