13 de dezembro de 2024
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Tudo Inovação

Redes sociais tiram nosso livre-arbítrio completamente, alerta pesquisadora

Nita Farahany indaga falta de cuidado do ser humano perante este mal silencioso

Com o avanço da tecnologia, algumas ideias que pertenciam somente a filmes e livros de ficção científica agora estão presentes no nosso dia a dia. 

Uma das improváveis ideias que surgiam nessas obras de ficção eram máquinas que conseguiam controlar o ser humano e ler todos os seus pensamentos e desejos mais íntimos. Porém, para Nita Farahany, professora da Universidade de Duke (USA) e especialista em novas tecnologias e suas complicações para a humanidade, essa ideia está se provando cada vez mais presente em nossa realidade. 

Em entrevista à BBC News, a pesquisadora falou sobre seu livro “The Battle for your Brain: Defending the Right to Think Freely in the Age of Neurotechnology” (A batalha do nosso cérebro: defendendo o direito de ter pensamento livre na era da neurotecnologia, em tradução literal). Na obra, ela expressa sua preocupação com a falta de liberdade do ser humano de pensar e viver em “livre-arbítrio“, e como o problema do avanço ininterrupto da tecnologia vai mudar nossa vida completamente. 

Apesar do receio, a pesquisadora reconhece que, atualmente, não existe forma de uma máquina “ler” o cérebro humano literalmente, mas ainda sim adverte sobre como essa leitura pode ser realizada de formas mais sutis, como através de uma observação em suas redes sociais, por exemplo.
Portanto, em seu livro, Nita critica duramente a falta de liberdade graças ao vício inerente do ser humano às redes sociais e como elas vem, de pouco em pouco, sugando todo o resquício de liberdade que um dia nós já tivemos.   

 

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Apesar de sutil, a pesquisadora adverte que graças à dopamina (hormônio responsável pela felicidade momentânea do cérebro), as redes sociais estão dominando nossa rotina e passando por cima de nossas obrigações

“Imagine que você se proponha no começo da semana a não passar mais de uma hora por dia nas redes sociais. Aí você percebe que, no final do dia, você gastou quatro horas nelas. O que aconteceu?” indaga Nita. 

“Se existem algoritmos projetados para te capturar quando você quer se desconectar, se existem notificações quando você fica muito tempo fora do celular, se você quer assistir a só um episódio da série e o próximo começa automaticamente, você usou seu livre arbítrio? São ferramentas e técnicas projetadas para prejudicar aquilo com que você se comprometeu.” 

Em sua conclusão, Nita afirma que as pessoas precisam entender que seu cérebro “não é inteiramente delas“, e que essa forma sutil de controle será presente em nossas vidas e somente nós conseguiremos evitar isso, ou não. 

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