O Telegram é um aplicativo de mensagens e comunicação, conhecido por ter regras menos rígidas do que os rivais. Na tarde desta quarta-feira (26), a Justiça brasileira suspendeu as atividades do app em todo o território nacional. Segundo as autoridades, o Telegram se recusou a colaborar com uma investigação envolvendo grupos extremistas, relacionados com ataques a escolas.
O aplicativo foi desenvolvido pelos irmãos Durov, uma dupla de empreendedores da Rússia. Na Ásia, os usuários o conhecem como “Facebook russo”, ou Vkontakte.
Por ser conhecido por ter regras menos rigorosas do que os concorrentes, o Telegram tem sido a principal ferramenta de comunicação nos eventos mundiais de crise. Na Ucrânia, o presidente Volodymyr Zelensky o utiliza como principal canal sobre os ataques da Rússia. Já os russos o veem como uma alternativa às regras rígidas de censura do governo Vladimir Putin.
No Brasil, o app coleciona polêmicas. Em 2022, uma reportagem do Fantástico mostrou que diversos grupos brasileiros utilizam a plataforma para compartilhar pornografia infantil, traficar drogas, vender armas sem registro, propagar o neonazismo, além de cometer estelionato e até vender dinheiro falso.
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A decisão da Justiça, sobre o bloqueio do Telegram, aconteceu na tarde desta quarta-feira e se refere à investigação sobre o ataque a escolas em Aracruz (ES), em novembro do ano passado. O atentado deixou quatro mortos e 12 feridos. Desde então, o Telegram entregou apenas alguns dados sobre grupos neonazistas suspeitos em casos de violência.
Na semana passada, a Justiça Federal do Espírito Santo deu 48 horas para que o aplicativo entregasse todas as informações necessárias para a investigação. O pedido partiu depois de as investigações apontarem que os suspeitos utilizavam grupos antissemitas dentro do aplicativo para comunicação.
Entre os conteúdos circulados, a PF (Polícia Federal) descobriu vídeos explícitos de violência, como mortes e promoção de ódio.
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