O Telegram foi suspenso em todo o território nacional pela Justiça Federal do Espírito Santo, na tarde desta quarta-feira (26). De acordo com as autoridades, a plataforma se recusou a entregar dados completos de um grupo que é investigado por ataques a escolas.
Além de suspender as atividades em todas as lojas de aplicativos para celulares, a Justiça também aplicou uma multa de R$ 1 milhão por dia, em caso de recusa para o fornecimento das informações requeridas.
Segundo o juiz Wellington Lopes da Silva, o Telegram deu uma desculpa “genérica”. “o grupo já foi deletado”, teria informado o aplicativo de mensagens. Para a Justiça Federal, o aplicativo seria berço de grupos considerados antissemitas. “Exatamente porque há grupamentos lá denominados frentes antissemita, movimento antissemita, atuando nestas redes, e nós sabemos que isso está na base da violência contra nossas crianças e nossos adolescentes”, disse o ministro da Justiça, Flávio Dino.
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ENTENDA O CASO
A decisão da Justiça se refere à investigação sobre o ataque a escolas em Aracruz (ES), em novembro do ano passado. O atentado deixou quatro mortos e 12 feridos. Desde então, o Telegram entregou apenas alguns dados sobre grupos neonazistas suspeitos em casos de violência.
Na última quarta-feira (19), a Justiça Federal do Espírito Santo deu 48 horas para que o aplicativo entregasse todas as informações necessárias para a investigação. O pedido partiu depois de as investigações apontarem que os suspeitos utilizavam grupos antissemitas dentro do aplicativo para comunicação.
Entre os conteúdos circulados, a PF (Polícia Federal) descobriu vídeos explícitos de violência, como mortes e promoção de ódio.
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