Quarenta prefeituras do Sul de Minas entraram com pedido no IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) solicitando a relação de todos os imóveis visitados pelo órgão no Censo de 2022. Os municípios da AMEG (Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande) e da AMOG (Associação dos Municípios da Alta Mogiana) se reuniram nesta segunda-feira (16) com a superintendente do IBGE em Passos.
Um dos principais pontos de questionamento das prefeituras foi referente ao número de habitantes abaixo do estimado pelo próprio IBGE em 2021, na maioria dos municípios da região. Este fato impacta no orçamento das cidades, pois alguns municípios terão redução nos repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios).
No encontro, que contou com a participação de Maria Antônia Esteves, superintendente do IBGE, e a Coordenadora Operacional do órgão, Rúbia Lenza, os representantes das prefeituras puderam entender como a pesquisa e tiveram a oportunidade de fazer questionamentos aos técnicos do instituto sobre os dados preliminares na região.
“Se vocês pegarem nossos dados de domicílios recenseados, é muito maior que o da Cemig. Quando é menor, é uma presunção de que houve falha na cobertura”, explicou a supervisora do IBGE. Ela encaminhou ao prefeito de São Sebastião do Paraíso toda lista dos endereços dos logradouros que existem no município, mesmo sem o Censo ter terminado.
LEIA TAMBÉM
Cidades do Sul de Minas ‘encolheram’; aponta prévia do IBGE
IBGE: Extrema é a maior economia do Sul de Minas
Maria explicou ainda que os dados são cruzados com os da Cemig, companhia energética de Minas Gerais, e o número de eleitores. “Os dados até agora são compatíveis com a Cemig, é compatível com o número de eleitores e a gente já disponibilizou – este dado ainda não está tratado – pra vocês, porque o nosso trabalho é público, a gente não tem medo de mostrar o trabalho nosso. Nós temos responsabilidade, nós não fizemos o Censo de qualquer jeito, fizemos com responsabilidade, com determinação, com cuidado”, frisou.
Vários prefeitos disseram na reunião que muitas pessoas alegam não ter recebido a visita do entrevistador do IBGE e que os números de imóveis apontados parcialmente pelo órgão como inabitados, não condiz com a realidade das cidades. Eles tomaram como base para estes questionamentos dados do cadastro de usuários do Sistema Único de Saúde e de unidades consumidoras de água e energia elétrica, por exemplo.
Participaram do encontro representantes de Alpinópolis, Capetinga, Monte Santo, Formiga, Claraval, Itaú de Minas, Jacuí, São Tomás de Aquino, Delfinópolis, São Roque de Minas, Muzambinho, Arceburgo, São Pedro da União, Cássia, Pouso Alegre, Guaxupé, Pratápolis, São Sebastião do Paraíso, Cabo Verde e Conceição da Aparecida.
“Os dados que serão entregues são exatamente aqueles que existem no município. Ressalto que o Censo ainda não foi concluído e no momento ele está passando pela etapa de revisão”, frisou Maria Antônia Esteves.
LEIA MAIS
