Foi absolvido, nesta quarta-feira (24), por um júri popular, o homem preso em 2018 acusado de envenenar Padre Paulino, da Comunidade Canção Nova de Cachoeira Paulista/SP, e a mãe dele, Adelaide Nogueira Costa, na cidade de Ouro Fino. João Carlos Zaratini, de 54 anos, estava preso preventivamente desde 2019.
O réu foi absolvido por 4×3 pelo júri e teve o alvará de soltura expedido logo após a leitura da sentença. Segundo o advogado de defesa, Dr. Rafael Silva, a acusação pediu prisão preventiva e a condenação sem provas materiais e testemunhas; e o acusado tinha deficiência intelectual.
Segundo o Promotor de Justiça de Jacutinga, Carlos César Marques Luz, o Ministério Público não tem intenção de recorrer da decisão. O sacerdote e a mãe, que na época tinha 81 anos, acompanharam o julgamento.
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ENTENDA O CASO
Em janeiro de 2018 Padre Paulinho passava férias no distrito de Crisólia, na cidade de Ouro Fino, onde foi criado. Na hora do almoço, foi chamado para fazer uma visita a uma pessoa doente da região e sua mãe o acompanhou.
Ao retornarem para casa almoçaram e a mãe do sacerdote alimentou os três gatos da residência com a mesma comida. Instantes depois os animais passaram mal e morreram.
Paulinho e Adelaide também passaram mal e foram internados na Santa Casa de Ouro Fino, o plantonista desconfiou de envenenamento por chumbinho. Em estado mais grave, o padre chegou a ser transferido para a UTI do hospital Santa Paula em Pouso Alegre, com princípio de arritmia cardíaca.
A Polícia Civil investigou o caso e o Ministério Público afirmou que o acusado entrou no imóvel das vítimas, enquanto o local estava vazio, e colocou chumbinho em uma panela de carne moída.
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