14 de dezembro de 2024
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Arqueólogos descobrem restos mortais de “criança vampira”

Necrópole foi descoberta há 18 anos em um campo de girassóis, na encosta de uma colina, na Polônia

 

 

Arqueólogos encontraram a primeira evidência física de uma suposta criança “renascida”. Durante escavações em um cemitério não identificado, próximo à aldeia de Pien, perto de Bydgoszcz, na Polônia, a equipe da Universidade Nicolaus Copernicus em Toru desenterrou os restos de uma criança amplamente descrita como uma “criança vampira”. 

O cadáver, presume que a criança, com cerca de seis anos de idade na época da morte, estava enterrada de bruços com um cadeado triangular de ferro sob seu pé esquerdo, possivelmente em uma tentativa de mantê-la presa à sepultura.
Dariusz Poliski, arqueólogo-chefe do estudo, descreveu: “O cadeado foi preso até mesmo no dedão do pé”. 

Após o enterro, todos os ossos foram removidos, exceto os das pernas inferiores.

“A criança foi enterrada de bruços para que, se ressuscitasse e tentasse se levantar, ela morderia a terra”, explicou Poliski. “Até onde sabemos, este é o único exemplo de tal sepultamento infantil na Europa.” 

Além da criança, os restos de outras três crianças foram encontrados em uma cova próxima. Havia um fragmento de mandíbula com uma mancha verde, possivelmente indicando a antiga prática funerária de colocar uma moeda de cobre na boca. 

A necrópole, um cemitério improvisado para os desfavorecidos e marginalizados pela sociedade, foi descoberta há 18 anos em um campo de girassóis na encosta de uma colina. Não estava associada a uma igreja ou a um terreno consagrado, de acordo com os registros históricos locais. Até agora, cerca de 100 sepulturas foram descobertas no local. 

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Em uma análise química de outro corpo, desta vez de uma mulher enterrada próxima à “criança vampira”, uma mancha verde na boca revelou algo mais complexo do que uma simples moeda. Traços de ouro, permanganato de potássio e cobre foram detectados, sugerindo a possível presença de uma poção utilizada para tratar doenças. O esqueleto da mulher tinha um dedo do pé trancado com um cadeado e uma foice de ferro em seu pescoço, embora a causa de sua morte permaneça obscura.  

 

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RELATOS DO SÉCULO XVII 

No século XVII, a Polônia estava imersa em histórias de “revenants” ou “renascidos”, que, embora não fossem vampiros, lembravam protozumbis, assombrando os vivos ao beber seu sangue ou causar caos em suas casas. Em 1674, um relato descreveu um homem morto que se levantou de sua sepultura para atacar sua própria família. Quando abriram seu túmulo, o cadáver estava estranhamente preservado e apresentava vestígios de sangue fresco. 

Esses relatos eram tão comuns que várias técnicas foram utilizadas para evitar a reanimação dos cadáveres, como arrancar seus corações, pregar seus corpos nas sepulturas, martelar estacas em suas pernas e até mesmo abrir suas mandíbulas com tijolos para evitar que roessem os caixões. Em 1746, o monge beneditino Antoine Augustin Calmet publicou um tratado popular tentando distinguir os verdadeiros “renascidos” das fraudes.

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Rafaela Viveiros
Formada em Jornalismo pela Universidade Paulista (Unip). Jornalista do Grupo EP, repórter do Tudo EP, está no portal desde 2021 e possui experiências com produção de matérias para os portais, edição de vídeos, imagens e criação de conteúdo para as redes sociais.
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