Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energias, indicou nesta quinta-feira (30) que o Brasil pode ingressar na Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) em janeiro do ano que vem. Ele discursou na abertura de um encontro virtual em que membros da organização definiram planos de produção.
Segundo Silveira, antes que a entrada do país no grupo seja oficializada, uma equipe técnica brasileira vai analisar a carta que estabelece o compromisso de cooperação da Opep+, recebida pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
“Como o Brasil vai presidir o G20 e eu especialmente o trilho de energia, e também a COP30 em 2025, é importante que essa adesão do Brasil seja analisada, se possível, em evento presencial em Viena com os demais colegas ministros”, afirmou Silveira, que disse esperar a definição de uma data.
O ministro também aproveitou a ocasião para reforçar que o País segue “aberto” a investimentos no setor energético, com objetivo de acelerar o desenvolvimento social e econômico.
Para ele, a Opep+ tem ajudado a garantir a “significativa” estabilidade do mercado de petróleo e de energia, por meio de uma ampla plataforma de cooperação. “Acompanhamos com entusiasmo valoroso o trabalho dos 23 países da Opep+”, ressaltou.
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O QUE É A COP28?
A COP28 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023) começou nesta segunda-feira em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O evento reúne representantes de aproximadamente 200 países e, pela primeira vez, deve apresentar um balanço global sobre as contribuições de cada nação para a redução do aquecimento da Terra, segundo o Acordo de Paris.
A análise deste ano servirá de base para a COP30, em 2025, quando o tratado completará 10 anos. Quando assinaram o Acordo de Paris, os países se comprometeram a limitar o aumento da temperatura da terra a 1,5º C acima dos níveis pré-industriais.
“A COP 28 faz uma revisão do que foi proposto nas edições passadas e verifica como cada país tem evoluído. Ela é uma prestação de contas de cada país”, explicou Pedro Côrtes, professor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP). Segundo Côrtes, os acordos climáticos não punem os países que não os cumprem.
“É como se fosse um puxão de orelha só. Dizem: vocês poderiam ter reduzido mais e não o fizeram, e os representantes do país vão tentar explicar os motivos, mas o que a gente verifica é que países como Estados Unidos e China acabam não abraçando essas causas tanto quanto poderiam e deveriam”, destacou. (Leia a matéria completa aqui)
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