11 de dezembro de 2024
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Buraco Negro: Nasa divulga som emitido no espaço; veja

Segundo a Nasa, o som emitido não é um silêncio como muitos pensavam

 

Qual é o som do espaço? Para muita gente, o palpite seria “silêncio”. Temos a percepção de que, por causa do vácuo, as ondas sonoras não podem se propagar na vasta imensidão do universo. Mas, segundo a Nasa, agência espacial americana, que divulgou o som emitido por um buraco negro no último domingo (21), a ideia é equivocada.  

Isso porque, apesar de o vácuo existir na maior parte do espaço, nem todos os lugares são dominados por ele.   

“Um aglomerado de galáxias tem tantos gases que conseguimos captar áudios”, explicou a agência em post nas redes sociais que usou para a divulgação.    

 

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Para soar desta forma, o áudio obtido foi amplificado e misturado a outros dados. Clique aqui para ouvir o som emitido pelo buraco negro. 

Em resposta a um internauta que perguntou se algum tipo de edição foi feita para dar ao som seu caráter “sinistro”, a Nasa explicou que não foi feito nada com esse propósito. Mas, como o áudio precisou ser muito amplificado e alguns outros sons que o integram são interpretados a partir de dados atribuídos a um espectro de luz, esse é o resultado final.  

O processo é chamado de sonificação, que consiste justamente em converter outros tipos de dados – neste caso, os astronômicos -, em áudio sem falas.  

“Um dos motivos para criarmos esse tipo de sonificação de dados é o nosso desejo de compartilhar essa ciência com mais pessoas”, comentou a agência espacial.  

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Em 2003, as primeiras ondas sonoras foram detectadas em torno do buraco negro no aglomerado de galáxias Perseu pelo Observatório de raios-x Chandra, um telescópio espacial. Os astrônomos descobriram que as ondas de pressão enviadas pelo buraco negro causavam ondulações no gás quente das galáxias, que poderiam ser traduzidas em uma nota inaudível para o ouvido humano.  

Para transformar o áudio captado no buraco negro no som do vídeo de divulgação, as ondas sonoras foram ressintetizadas e aumentadas em 58 oitavas, o que significa que estão sendo ouvidas em uma frequência 144 quatrilhões e 288 quatrilhões mais alta que a original.  

Além desse buraco negro, a Nasa também já divulgou a sonificação de um localizado no centro da galáxia M87. Ela conta com sons obtidos a partir de dados ópticos, de ondas de rádio e de raios-x capturados por telescópios espaciais variados, como o Chandra, o Hubble e o Atacama Large Milimiter Array (Alma), no Chile.   

Veja abaixo o post da Nasa no Twitter divulgando o áudio do buraco negro. 

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