A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou, por 12 votos a 5, um projeto de lei que proíbe o casamento homoafetivo e a união estável entre duas pessoas do mesmo sexo. O texto foi apresentado em 2007, antes do STF (Supremo Tribunal Federal) permitir uniões homoafetivas, e foi desengavetado em 2023.
A retomada do projeto se dá por parlamentares de oposição ao governo e ligados à bancada evangélica na Câmara.
Os casamentos homoafetivos não estão regulamentados em lei. A base jurídica para a oficialização dessas relações é uma decisão do STF de 2011.
À época, por unanimidade, os ministros decidiram que um artigo do Código Civil deveria ser interpretado para garantir o reconhecimento de uniões entre pessoas do mesmo sexo. A decisão também considerou essas relações como entidades familiares.
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Em 2013, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) editou uma resolução para obrigar a celebração de casamentos de pessoas do mesmo sexo em cartórios. Na época, os registros aumentaram quase quatro vezes no Brasil.
Após a votação nesta terça-feira (10), o texto segue para as comissões de CCJ (Direitos Humanos e de Constituição e Justiça) da Casa.
No novo relatório, o deputado Pastor Eurico (PL-PE) propôs a inclusão, no Código Civil, de trecho que define que pessoas do mesmo sexo não podem se casar. O texto também estabelece que o poder público e a legislação civil não podem interferir nos critérios e requisitos do casamento religioso.