11 de dezembro de 2024
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Césio-137: fontes radioativas que desapareceram em Minas são encontradas em SP

Duas fontes de Césio-137, da mineradora AMG Brasil, desapareceram no dia 29 de julho

 

As duas fontes de Césio-137, da mineradora AMG Brasil, que desapareceram no último 29 de julho, foram encontradas nesta segunda-feira (10), em uma empresa que faz revenda de sucata, em São Paulo. A informação foi confirmada pela Polícia Civil de Minas Gerais, que não citou o nome do município.

A suspeita é de que o Césio-137, armazenado em duas cápsulas de aço inoxidável e blindadas externamente em aço inox, tenha sido furtado de uma das unidades da AMG Brasil, na cidade de Nazareno, no sul de Minas. Usado em equipamentos medidores de densidade, o material não é considerado de alta periculosidade pela AIE (Agência Internacional de Energia Atômica) conforme a maneira como estão armazenados, mas pode causar danos à saúde se for manuseado de forma inadequada.

De acordo com a polícia, o material está sob a análise pericial da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear), e a mineradora já foi informada sobre a localização das caixas. Não há ainda informações de como o material foi parar na empresa de sucatas. “A Polícia Civil esclarece que as investigações estão em andamento, de forma sigilosa para a completa apuração dos fatos”. 

  

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O QUE DISSERAM OS ORGÃOS? 

Em nota, a CNEN informou que a comissão foi notificada por funcionários da empresa onde as fontes de Césio-137 foram encontradas, na manhã desta segunda, e que já encaminhou técnicos para o local. Ainda segundo o órgão, as caixas com o conteúdo radioativo serão levadas para o Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), unidade da CNEN em São Paulo, onde serão avaliadas “quanto à integridade, taxas de dose, condições de uso, dentre outras”.

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Também por meio de comunicado, a mineradora AMG Brasil informou que os equipamentos encontrados, que são medidores de polpa, “serão encaminhados à nossa empresa de acordo com as orientações de manipulação e segurança da Comissão Nacional de Energia Nuclear”.

“Reafirmamos o nosso compromisso de atuar de maneira responsável perante os nossos times e comunidade. Além disso, agradecemos o empenho e a colaboração de todos, bem como a participação dos órgãos e entidades que estão atuando ativamente nas investigações que resultaram na bem-sucedida localização dos equipamentos”, disse a AMG Brasil, nota.

Após o desaparecimento das caixas, a mineradora registrou um boletim de ocorrência e também iniciou uma investigação interna, e independente, para a apurar como o material foi possivelmente furtado da própria unidade.

Pelas normas da CNEN, as fontes contidas nos equipamentos furtados são classificadas como “Categoria 5, Baixo Risco” e não são perigosas enquanto estiverem sendo “utilizadas nos medidores de densidade de polpa ou preservadas as suas características originais de proteção (blindagens e revestimento)”, informou a mineradora.

“No entanto, a AMG Brasil alerta que o manuseio inadequado das fontes por pessoas sem conhecimento específico pode acarretar risco à saúde”, completou. 

 

 

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Anthony Teixeira
É jornalista e Analista de Mídias Digitais Jr. do Grupo EP. Tem experiência com reportagens multimídia e produção de web documentário. É formado em jornalismo pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e tem afinidade com produção e edição de conteúdo para as redes sociais. Está no grupo desde 2022.
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