Nesta terça-feira (17), explosões simultâneas de centenas de pagers resultaram em doze vítimas fatais e em outras 2.750 pessoas feridas, no Líbano. Segundo o jornal The New York Times, a ação que teria como alvo o grupo Hezbollah foi provocada por explosivos previamente implantados nos equipamentos por Israel.
A onda de explosões durou aproximadamente uma hora após as detonações iniciais, que foram registradas por volta das 15h45 (horário local). De acordo com o Ministério da Saúde do Líbano, mais de 200 pessoas foram internadas em estado grave, sendo que a maioria apresenta lesões no rosto, nas mãos e no estômago. Entre as vítimas fatais, estão uma menina de oito anos, um menino de 11 e dois integrantes do Hezbollah.
Como funcionam os pagers?
Usados para a comunicação em alguns locais por causa da sua confiabilidade, os pagers usam transmissões de rádio frequência para conectar uma central de controle ao destinatário de uma mensagem. No formato de pequenas caixas, eles são basicamente receptores de rádio de bolso que não precisam passar por redes de telefonia móveis, conhecidas por serem suscetíveis a interrupção, problemas de conexão e interceptação.
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O que aconteceu no Líbano?
Segundo o The New York Times, Israel escondeu materiais explosivos em um lote de pagers taiwaneses fabricados pela Gold Apollo e importados pelo Hezbollah. A carga explosiva, que pesaria menos de 50 gramas, teria sido implantada perto da bateria de cada equipamento. Além disso, um interruptor também teria sido embutido, permitindo a detonação remota.
Ainda de acordo com o jornal, os pagers teriam sido programados para emitir um sinal sonoro antes das explosões a fim de atrair os donos dos dispositivos e fazer com que eles mandassem os equipamentos. As informações do The New York Times foram confirmadas por um oficial dos Estados Unidos.
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