As “drogas K” são canabinóides sintéticos formados por centenas de compostos diferentes, dependendo da fabricação. O objetivo dessa droga é imitar o efeito da maconha natural. No entanto, erroneamente, são chamadas de “maconha sintética”. De acordo com o psicólogo e pesquisador da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Felipe Ornell, esse tipo de substância possui efeitos mais corrosivos do que a cannabis.
“É importante entender que eles são chamados de canabinóides [sintéticos] por haver semelhança na estrutura molecular que é semelhante à encontrada na maconha e, por isso, erroneamente, são chamados de maconha sintética”, diz.
A droga K2, uma das primeiras versões da substância, surgiu em laboratórios clandestinos no início dos anos 2000. De acordo com Ornell, o efeito desse tipo de droga age mais rápido no corpo dos usuários. “Algumas pessoas chamam de o ‘novo crack’. É importante destacar que o potencial dependógeno de uma droga depende muito da rapidez que essa droga vai afetar o sistema nervoso e o tempo de duração”, explica.
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QUAIS SÃO OS EFEITOS DAS DROGAS K
De acordo com pesquisas, os efeitos das drogas K afetam diretamente o cérebro e, no geral, são mais potentes do que os efeitos da maconha natural. O psicólogo explica que, em alguns casos, o usuário pode até morrer. Embora não se saiba ainda exatamente quais são todos os efeitos gerados pela substância, no geral, percebe-se as seguintes consequência:
-Paranoia;
-Ansiedade;
-Alucinações;
-Convulsões;
-Insuficiência renal;
-Arritmias cardíacas;
-Morte;
-Dependência;
-Atinge diversas regiões do corpo;
-Potencial para aumentar a depressão;
-Aumento da frequência cardíaca;
-Ataques de raiva e agressividade.
COMO AS DROGAS K SÃO FEITA?
As drogas K são feitas sinteticamente em laboratórios clandestinos e não existe nenhum controle de qualidade. Essas substâncias são classificadas como “novas drogas”. Para a produção, especula-se que todo tipo de componente pode ser utilizado na composição. Especialistas dizem que os compostos mudam periodicamente.
Depois de feitas, elas são pulverizadas em materiais secos, o que pode passar impressão de que são naturais. Para Ornell, esses canabinóides podem ser vendidos como incensos, formato líquido, formato de selo e, também, nos cigarros eletrônicos.
Além disso, essas drogas são feitas, de acordo com o especialista, para burlar a legislação de países e entrar mais fácil nos territórios. “Essas drogas são chamadas de “designer drugs”, que são produzidas pensadas em nichos de mercado”.
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