Pesquisadores do Sul de Minas e de universidades internacionais desenvolvem análise dos impactos da pandemia da Covid-19 na alimentação escolar no Brasil.
O estudo “Alimentação escolar em casa: o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), do Brasil, durante a pandemia da COVID-19”, traduzido do inglês “School food at home: Brazils national school food programme (PNAE) during the COVID-19 pandemic”, desenvolvido pelos pesquisadores Ricardo César Barbosa Jr., da Universidade de Calgary (Canadá), Estevan Leopoldo Coca, docente do curso de Geografia da UNIFAL (Universidade Federal de Alfenas) e Gabriel de Azevedo Soyer, da Universidade da Geórgia (Estados Unidos), mostra o panorama da alimentação escolar no Brasil no período pandêmico, ressaltando o que foi feito de inovador e os limites da atuação do Poder Público nesse contexto emergencial.
Para elaboração do estudo, os autores entrevistaram 43 pessoas das cinco regiões do país, dentre representantes de órgãos públicos e da sociedade civil, durante o segundo semestre de 2020 e primeiro semestre de 2021.
O professor Estevan destacou que “para dar conta da natureza descentralizada em que o PNAE é implementado pelos Estados e Municípios, participantes de todo o Brasil forneceram uma visão ampla sobre como esta política pública foi adaptada em suas regiões”.
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De acordo com os pesquisadores, o estudo demonstrou que as escolas precisaram se adaptar não apenas em relação aos conteúdos de aprendizagem, com metodologias que permitiram o estudo em casa, como também em relação à alimentação escolar. “Assim, pela primeira vez na história do país, foram criadas estratégias para que as merendas oferecidas por escolas públicas fossem consumidas nas próprias residências dos alunos, na maior parte dos casos sendo preparadas pela própria família”, explicam.
Devido à possibilidade de consumo da merenda escolar na própria casa, as mudanças no PNAE contribuíram para amenizar os efeitos negativos da pandemia em relação à alimentação dos estudantes de escolas públicas, pela primeira vez incluindo os familiares como beneficiários dessa política pública.
No entanto, o estudo constata que, apesar das medidas de apoio aos efeitos da pandemia na segurança alimentar dos estudantes e de suas famílias, o PNAE não funcionou de acordo com seus parâmetros estruturais regulares. Essa constatação ocorreu devido a alguns municípios não conseguirem encontrar meios para os estudantes acessarem os alimentos para consumo em casa e o não cumprimento da aquisição de, pelo menos, 30% de produtos da agricultura familiar.
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