11 de dezembro de 2024
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Estudo sobre estresse dos agentes do sistema prisional é reconhecido

O reconhecimento aconteceu durante evento brasileiro; a pesquisa é de autoria de docente da UNIFAL

Um trabalho desenvolvido por pesquisadores da UNIFAL (Universidade Federal de Alfenas) foi agraciado com Menção Honrosa durante o 46º Encontro da ANPAD (Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração). O artigo “Escala de estressores no trabalho prisional: evidências de validade baseadas na estrutura interna e na relação com medidas externas” foi contemplado na categoria de “Melhor Trabalho” da Divisão Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho no evento.

De autoria da egressa do mestrado Ludmila Rejane Freitas Brandão, em coautoria com a professora e orientadora Virgínia Donizete de Carvalho, o trabalho é derivado da dissertação da acadêmica. No estudo, as pesquisadoras buscaram elaborar e testar estatisticamente um instrumento que avaliasse os estressores presentes no contexto de trabalho dos agentes responsáveis pela custódia de presos.

A professora Virgínia conta que no Brasil não há qualquer escala de avaliação de estressores que se aplique especificamente ao ambiente de trabalho nas prisões, o que dificulta o trabalho de diagnóstico, pois com o uso de escalas que avaliam estressores ocupacionais de caráter geral, muitos elementos próprios desse contexto específico de trabalho não são capturados nos processos de análise.

Para a docente e coautora do estudo, além de apresentar um instrumento que poderá auxiliar o desenvolvimento de futuras pesquisas nacionais sobre o estresse no trabalho prisional, uma das razões do destaque recebido no encontro da ANPAD é o fato de o trabalho se dirigir a um público que deveria receber maior atenção por parte dos pesquisadores.

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Virgínia destaca que, por se tratar de uma das ocupações mais estressantes no mundo, conforme indica a própria literatura da área, o estudo do tema junto a esse público assume relevância e contribui para a gestão pública e para sociedade como um todo. “Essa contribuição se materializa no sentido de conferir maior atenção aos trabalhadores do sistema prisional, que se encontram sob condição de elevado risco psicossocial no trabalho, de instrumentalizar a gestão com uma escala que facilite o diagnóstico de tais fatores de risco – os estressores ocupacionais -, facilitando um possível trabalho de intervenção e de auxiliar os pesquisadores que se interessem pelo tema”, reforça.

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Ludmila relata que foi com alegria que recebeu a notícia de indicação da Menção Honrosa. “Há anos a realidade prisional me inquieta. A incongruência de um sistema que retroalimenta a violência que deveria coibir é, além de lamentável, um prato cheio ao pesquisador. Eu busquei o mestrado em Gestão Pública e Sociedade da UNIFAL-MG pelo desejo de compreender melhor essa realidade”, enfatiza.

Antes de demonstrar interesse pelo tema, Ludmila já havia se especializado na área e feito imersão, além de trabalho voluntário no sistema prisional.

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