O Senado Federal vai receber nesta quinta-feira (29), a partir das 14h, o Foro pelo Brasil, versão bolsonarista do Foro de São Paulo (organização de partidos e coletivos de esquerda que irá se reunir em Brasília entre esta quinta-feira e o domingo). O evento foi anunciado nas redes sociais pelo ex-candidato à Presidência da República, Padre Kelmon (PTB) e vai contar com a participação das deputadas Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP) e o senador Magno Malta (PL-ES).
Ao Estadão, Zambelli disse que a primeira reunião do “Foro do Brasil” vai apresentar pautas conservadoras para tentar atrair políticos para debater propostas políticas, além de incentivar jovens para se tornarem “agentes de transformações locais”. “Representa os valores da cultura judaico-cristã, o estado mínimo, os direitos individuais, a livre expressão de propriedade, o direito ao porte de armas para defesa pessoal e da propriedade, o livre mercado e a economia liberal”, disse a deputada.
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O evento busca se mostrar como uma alternativa da direita à nova reunião do Foro de São Paulo, que irá se reunir por quatro dias em Brasília. O Foro foi fundado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo ex-líder de Cuba, Fidel Castro, em 1990. Segundo o seu documento de criação, a organização busca reunir organizações de esquerda para “tratar da defesa da democracia, da integração e soberania dos países latino-americanos e do combate ao imperialismo e ao neoliberalismo”.
Desde 1990, as reuniões do Foro aconteceram de forma anual. Porém, devido à pandemia de covid-19, não foram realizados encontros desde 2019. Neste ano, a expectativa é que compareçam membros de governo, partidos políticos e organizações de esquerda de 23 países.
O presidente Lula confirmou que irá participar da abertura do Foro, que tem horário previsto para iniciar às 19 horas. Também é esperada a presença de representantes de países de fora da América Latina e do Caribe, como Estados Unidos e Arábia Saudita. Uma das críticas da oposição ao Governo Federal é que o Foro, entidade que se declara anticapitalista, está cobrando as inscrições dos participantes em dólar, moeda dos Estados Unidos da América.
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