O Governo Federal detectou novas ameaças de ataques golpistas e a segurança em Brasília será reforçada nesta quarta-feira (11). Na internet, circulam chamados para uma “Mega Manifestação Nacional pela Retomada do Poder”, que ocorreria ainda nesta quarta, em todo o País. O Palácio do Planalto acionou o STF (Supremo Tribunal Federal) e a AGU (Advocacia-Geral da União) pediu ao ministro Alexandre de Moraes que adote medidas imediatas para impedir novos atos como os que aconteceram no último domingo (8), na Capital Federal, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram o Congresso, o Palácio do Planalto e o Supremo, provocando depredações.
Nesta terça-feira (10), em reunião realizada no Palácio do Planalto, o gabinete de crise decidiu que haverá reforço da segurança em Brasília e em outras capitais onde extremistas prometem fazer mais arruaça nas ruas. Batalhões da Guarda Presidencial e da Polícia do Exército, além do Regimento de Cavalaria, serão acionados e ficarão de prontidão para proteger a sede do Governo Federal. No domingo, todos foram chamados quando a sede do governo já havia sido destruída por vândalos.
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Ao citar uma convocação distribuída em cartões e em aplicativos de mensagens para mais uma manifestação antidemocrática a partir das 18 horas desta quarta, o advogado-geral da União, Jorge Messias, pediu providências ao Supremo.
“Vê-se, da postagem acima registrada, que o País se encontra na iminência de entrar com grave situação, novamente, após os trágicos eventos do domingo, 8, quando o mundo, estarrecido, assistiu à tentativa de completa destruição do patrimônio material e imaterial, além de todo o simbolismo que carregam as instituições democráticas”, diz a petição da AGU. Segundo ele, “as instituições, novamente, são chamadas a reagir”.
O pedido do governo Lula foi feito em uma ação apresentada pela AGU ainda durante o governo Michel Temer (MDB), em 2018. Na ocasião, o Brasil estava em meio à greve dos caminhoneiros que levou a bloqueios de estradas e crise de desabastecimento.
De acordo com Messias, a convocação configura “nova tentativa de ameaça ao estado democrático de direito, o qual deve ser salvaguardado e protegido, evitando-se para tanto o abuso do direito de reunião, usado como ilegal e inconstitucional invólucro para verdadeiros atos atentatórios”. (Com informações da Agência Estado)
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