A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse, nesta segunda-feira (12), que tem feito um trabalho forte junto ao setor agropecuário, para convencê-lo de que não será impactado pelo novo sistema tributário. Essa declaração foi feita em um debate sobre o PPP (Plano Plurianual Participativo) 2004-2027 com representantes dos trabalhadores, na sede do Sindicatos dos Químicos no Centro de São Paulo.
“Nós estamos trabalhando fortemente com o setor do agro para mostrar que o agro não vai ser impactado. O agro paga mais imposto hoje do que imagina. Desde os insumos e importação de fertilizantes têm que ser precificados nesse processo”, disse a ministra. O setor agropecuário é um dos mais resistentes à reforma tributária.
A ministra disse também ter conhecimento de que o deputado relator da proposta, Aguinaldo Ribeiro, tem conversado com pelo menos três segmentos do setor de serviços que alegam perdas impostas pela reforma tributária.
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Mas, de acordo com Tebet, apesar de um contratempo aqui e outro ali, o debate da reforma está maduro. “A reforma tributária é discutida no Brasil há 30 anos, todos os presidentes tentaram, nunca tivemos uma condição tão favorável. A economia está gritando a necessidade, especialmente o setor da indústria que gera emprego e não está conseguindo competir com os importados, a classe política tem consciência de que depois das outras reformas que esta é a reforma necessária e nós estamos tendo na imprensa espaço para poder falar”, disse ministra Tebet. Ela acrescentou que quando se fala em setores, o empresário quer e o trabalhador quer a reforma tributária.
“Dentro deste aspecto, olhando as cadeias, pode haver questionamentos, mas de maneira geral estão querendo e existem dois grandes empecilhos à reforma tributária: a questão federativa porque Estados e municípios sempre foram contra porque sempre acharam que iam perder”, disse acrescentando que a saída que a reforma está dando para essa questão é uma janela de 20 a 30 anos onde os Estados que ganham compensarão os que perdem.
“Então ninguém perde neste processo. Dos municípios, a maioria absoluta ganharia. Apenas 600 perderiam alguma coisa. Mas não vão perder porque serão compensados nos próximos 20, 30 anos conforme o relatório. Depois, com o crescimento imediato que a reforma tributária vai trazer para o Brasil, em 20 anos o Brasil vai crescer em torno de 15%. Mesmo com a reforma tributária todos vão sair ganhando”, disse Tebet.
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