11 de dezembro de 2024
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Litoral norte: Mortes chegam a 48 e buscas são retomadas

Após buscas serem interrompidas por causa de novas chuvas nesta terça-feira (21) buscas por desaparecidos foram retomados por volta das 5h desta quarta

 

O número de mortos no litoral norte paulista, após fortes temporais durante o carnaval, subiu para 48. A informação é da major porta-voz do Corpo de Bombeiros, Luciana Soares. Ela afirmou que após as buscas por desaparecidos serem interrompidas por causa de novas chuvas nesta terça-feira (21), os trabalhos foram retomados por volta das 5h desta quarta-feira (22).  

A major afirma que ainda há riscos, mas as análises técnicas mostram que, neste momento, estão sob controle. Segundo ela, ainda há locais de difícil acesso e há ajuda dos militares para chegar a esses pontos. São quase 200 bombeiros, além de cerca de 100 agentes do Exército, envolvidos nas operações. “A maior dificuldade é depender da condição climática”, diz a major. Muitas vezes, acrescenta, os bombeiros são obrigados a parar por causa da volta das chuvas. 

 

 

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DESAPARECIDOS

A quantidade de desaparecidos, segundo ela, é de 36, mas ainda não foi feita atualização da lista após serem achados corpos. “Não temos como precisar (quando será) o término dessa operação”, afirma. “É bem possível que esse atendimento se estenda por meses.” Sobre a possibilidade de encontrar desaparecidos ainda com vida, a major afirmou que isso depende da obstrução das vias aéreas das vítimas. 

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Os temporais na região se tornaram os maiores registrados na história do Brasil. De acordo com o Cemaden (Centro Nacional de Previsão de Monitoramento de Desastres), as chuvas que caíram no último sábado (18) e domingo (19) resultaram no acumulado de 682 mm em Bertioga e 626 mm em São Sebastião, maiores valores acumulados já registrados no País.  (Com informações da Agência Estado)

MORADORES SEM ÁGUA 

Moradores de Boiçucanga, bairro fortemente afetado pelo temporal do fim de semana em São Sebastião, no litoral norte paulista, estão sem água para beber. Para garantir o abastecimento da população, a associação de pescadores local se organizou para transportar garrafas de água até a comunidade.

“Estamos há quatro dias sem água. Nós temos que pegar água em Barra do Una [outra comunidade do município] para transportar para Boiçucanga e distribuir. Hoje, voltou um pouquinho de água, mas água barrenta”, explica o marinheiro Rivelino Rodrigues, que tinha acabado de chegar ao bairro com um dos carregamentos.

Das torneiras, a água sai marrom, cheia de terra dos deslizamentos.

Com a falta de água potável, alguns comerciantes tentaram se aproveitar da situação. “Os comerciantes estão alugando barcos de Barra de Una para Boiçucanga e vendendo a água por um absurdo”, diz.

Um grupo de turistas confirmou que havia quem quisesse cobrar R$ 98 por um galão. 

CAMINHÕES-PIPA 

A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) diz que está trabalhando para reestabelecer o abastecimento de água em todo o litoral norte, com equipes em Boiçucanga.

Em São Sebastião e Ilhabela, 31 caminhões-pipa fazem, de acordo com a empresa, o abastecimento emergencial nos locais mais afetados pelas chuvas. 

BARCOS RESGATADOS COM TRATOR 

Os pescadores, organizados na associação local, também levam mantimentos para as comunidades que sofreram mais com o desastre.  “Nós levamos entre ontem e hoje em torno de 2,5 mil toneladas de alimentos, que mandamos para várias escolas, e colchões e água para onde aconteceu o sinistro”, diz o presidente da Associação de Pescadores de Boiçucanga, Ademir de Matos.

Apesar de Boiçucanga não ter sido o local mais afetado, Ademir conta que se assustou com a força da cheia do rio que dá nome à comunidade. “Eu moro há 52 anos aqui e nunca vi um desastre natural desses da minha vida”, enfatiza.

A água chegou, segundo ele, a altura de um metro dentro da sede da associação e os barcos dos pescadores tiveram que ser resgatados com a ajuda de um trator. “Graças a Deus, nós conseguimos recuperar todos os barcos dos pescadores”, desabafa.

Ao lado, o rio e o mar estão com uma tonalidade marrom forte devido à grande quantidade de barro que desceu das encostas. (Com informações da Agência Brasil)

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Marcos André Andrade
Marcos André Andrade é formado em jornalismo pela Unesp e pós-graduado em Gestão da Comunicação em Mídias Digitais pelo Senac. No Grupo EP desde 2022, é editor do Tudo EP e foi repórter do acidade on Campinas. Tem passagens pela Band Campinas, Rádio Bandeirantes de Campinas e Rádio Band News de Campinas, onde desempenhou as funções de âncora, editor, produtor e repórter.
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