11 de dezembro de 2024
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Manifestação pede criação de conselho para combater preconceito LGBTQIA+ em Passos

Protesto contou com cerca de 300 pessoas e foi organizado por um coletivo, após um áudio com discurso de ódio circular na cidade

Vestidos de preto, com a bandeira do arco-íris e cartazes, cerca de 300 manifestantes pediram a criação de um conselho LGBTQIA+ em Passos, Sul de Minas, nesta terça-feira (1º). O protesto aconteceu em frente à prefeitura, às 18h, e foi organizado por um coletivo da cidade, após a publicação de um áudio, com discurso de ódio, feito por uma adolescente de 16 anos da região.

O áudio teria sido divulgado no Instagram da jovem no dia 30 de outubro, dia da eleição presidencial, e ataca um grupo de eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do município. “Pior raça. Tinha um bando de veado, preto, nojento, com o cabelo todo colorido e cheio de piercing na cara, naquela reuniãozinha do capeta na frente do Borogodó“, diz o post.

Um dos organizadores, o jornalista e estudante de Publicidade e Propaganda Lucas Schanderli Ferri, afirmou para um um veículo de comunicação que “Passos precisa de um conselho para que a gente observe e ensine as nossas crianças e adultos que a sexualidade não é um erro: cada um nasce de uma forma”.

Para ele, os conselhos são uma ponte entre a comunidade e os vereadores na criação das leis. Existe o Conselho da Mulheres, o Conselho dos Portadores de Deficiência, mas estão barrando o Conselho LGBTQIA+ na cidade. Em rede social, ele afirmou “o recente áudio viral de uma garota reproduzindo o ódio do cidadão de bem contra gays e negros só é a ponta do iceberg do que precisamos urgentemente enfrentar”, completou. 

 

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Minas Gerais é o terceiro estado que mais mata LGBTQIA+ no Brasil 

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Levantamento divulgado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) aponta que o estado de Minas Gerais é o terceiro com maior número de casos de morte de LGBTQIA+ no Brasil, com um aumento de 42% em relação ao ano anterior. Minas Gerais passou de 19 óbitos para 27, ficando atrás apenas de São Paulo (42) e da Bahia (32). 

Para os pesquisadores, o número é preocupante, visto que os dados se baseiam em notícias publicadas nos meios de comunicação, sendo coletados e analisados pelo GGB, com o apoio da Aliança Nacional LGBTI+, já que não há números oficiais por parte das esferas governamentais. 

Em todo o país, 300 LGBTQIA+ sofreram morte violenta em 2021, o que representa um aumento de 8%, sendo 276 homicídios (92%) e 24 suicídios (8%). Com isso, o Brasil continua sendo o país em que mais LGBTQIA+ são assassinados no mundo, registrando uma morte a cada 29 horas. 

 

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