Por causa de uma infestação da serpente arbórea marrom, a ilha de Guam, localizada no oceano Pacífico e pertencente aos Estados Unidos, enfrenta uma grave crise ambiental. A espécie chegou ao território em um navio cargueiro em 1940 e, desde então, tem se espalhado e dizimado diversas espécies nativas.
O que a serpente arbórea marrom come?
A serpente arbórea marrom se alimenta de aves, lagartos, morcegos, ratos e outros pequenos roedores.
Henry Pollock, diretor executivo da Fideicomiso de Tierras de las Llanuras del Sur, órgão que estuda a ecologia de Guam, disse em entrevista à BBC que “essas serpentes comem qualquer coisa que encontram – inclusive umas às outras”.
“Além de predar aves, também competem com outras espécies por recursos, alterando o ecossistema de forma devastadora”,
afirmou.
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Em Guam, a estimativa é que atualmente existam dois milhões de cobras, com habilidades acrobáticas, que permitem com que elas ataquem suas presas de diferentes formas. Anualmente, as medidas para redução da população da espécie custam US$ 3,8 milhões, cerca de R$ 22 milhões. Mas, apesar dos esforços, dez das 12 espécies nativas de aves já foram extintas.
Por sua vez, a perda dessas espécies não afeta apenas a biodiversidade, mas também o equilíbrio ecológico da ilha, que está diretamente ligado à interação entre animais e plantas. Isso porque as aves extintas tinham um importante papel na dispersão de sementes e, sem elas, 70% da vegetação de Guam encontra-se ameaçada.
De onde a espécie é originária?
A serpente arbórea marrom é proveniente da Austrália e de Papua Nova Guiné.
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