Nesta quinta-feira (10), uma declaração da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), gerou polêmica no cenário político brasileiro. No meio de discussões sobre uma possível anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, a petista se posicionou de uma forma que provocou reações negativas no Judiciário. Veja o que ela disse:
O que Gleisi Hoffmann falou sobre a anistia?
Inicialmente, Gleisi disse que é contrária a versão atual do projeto por entender que ela permite que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também seja absolvido. Porém, ela se mostrou mais “flexível” em relação a outros envolvidos no episódio. Confira:
“Falar sobre anistia ou mediação de pena em relação a algumas pessoas do 8 de janeiro eu acho que é defensável do ponto de vista de alguns parlamentares. Acho que a gente até pode fazer essa discussão no Congresso”, disse a ministra.
Nesta sexta-feira (11), Gleisi Hoffmann utilizou seu perfil no X para esclarecer seu posicionamento de ontem. Ela enfatizou que o formato atual do projeto visa a impunidade de Bolsonaro, mas ainda se mostrou favorável ao debate na sociedade e no Congresso, desde que não interfira na autonomia do Poder Judiciário. Confira:
Quero deixar claro que eventuais revisões de pena aos réus do 8 de Janeiro cabem única e exclusivamente ao Supremo Tribunal Federal, que conduz os processos. Entendo sim que esse debate pode e deve ser feito na sociedade, inclusive no Congresso, como já vem acontecendo de fato,…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) April 11, 2025
LEIA TAMBÉM
Bacalhau com batata; confira a receita
Quem Alex De Minaur vai enfrentar na semifinal de Monte Carlo?
Qual a reação do STF às falas de Gleisi Hoffmann sobre a anistia?
No geral, os membros do Poder Judiciário condenaram a fala da ministra. De acordo com eles, o posicionamento de Gleisi “não tem o menor sentido” e não teve o aval de Lula. Veja o que disse Marco Aurélio de Carvalho, do grupo de Prerrogativas:
“Não podemos banalizar o que ocorreu em 8 de janeiro. Eventuais revisões de penas devem ser discutidas pelo Supremo Tribunal Federal. Apenas e tão somente”, disse Carvalho.
LEIA MAIS
Fórmula 1: onde assistir ao GP do Bahrein?