Depois da descoberta de um plano para um ataque com explosivos no show da cantora Lady Gaga, em Copacabana, no último sábado (3), a atenção do povo brasileiro se voltou ao Discord, plataforma no qual a ação foi planejada. Com isso, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) solicitou ao Ministério Público Federal a suspensão do Discord no Brasil. Confira o que ele disse:
O que Guilherme Boulos disse sobre o Discord?
Boulos pautou sua argumentação pela suspensão da plataforma na ausência de um CNPJ e de um representante legal no Brasil, mesmo motivo que levou à suspensão do X (ex-Twitter) no país. Veja o que ele disse:
“A inexistência da devida representação legal em território nacional, junto com a leniência e a permissividade aos discursos de ódio e à incitação para a prática de crimes contra as instituições democráticas, foi um dos principais fundamentos para a ordem de suspensão da rede social X pelo Supremo Tribunal Federal”, argumentou Boulos.
Porém, diferentemente do que aconteceu com o X, o Discord demonstrou intenção imediata em colaborar com as autoridades e cumprir com as normas do país. Além de manter contato permanente com o ministério da Justiça, funcionários da plataforma participaram de treinamentos policiais para combater crimes virtuais. Veja o que o Discord disse sobre o caso:
“Assim que tomamos conhecimento de conteúdos desse tipo, seja por meio de nossas ferramentas de segurança ou por denúncias de usuários, tomamos as medidas cabíveis, incluindo a remoção de conteúdo, o banimento de usuários e a derrubada de servidores”.
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É perigoso adolescentes usarem o Discord?
Assim como qualquer outra plataforma digital ou rede social, o Discord, em si, não fornece nenhum perigo aos seus usuários. O que não pode acontecer, porém, é o uso deliberado da plataforma por menores de idade sem fiscalização dos pais ou responsáveis. O Discord é apenas uma ferramenta e, como qualquer plataforma de comunicação, pode ser usado para o bem ou para o mal.
Fundado em 2015, o Discord era inicialmente voltado para a comunidade gamer, já que permite que diversos usuários se reúnam em um espaço, público ou privado, para participarem de chamadas de voz ou de vídeo simultaneamente, além de poderem interagir por canais de texto. Estes espaços, chamados de “servidores”, servem para organizar as conversas e interações por temas específicos, o que, em teoria, facilitaria a comunicação dos usuários.
Porém, com o tempo, o Discord ganhou perfis que passaram a usá-lo com outras finalidades. Pelo fato da plataforma não exigir identificação com nome próprio ou número de telefone, alguns internautas se sentiram “livres” para criarem servidores voltados a temas como propagação de discursos de ódio, racismo e misoginia, além de promoverem diversos tipos de conteúdos e atos violentos.
Em resumo, o Discord em si não fornece qualquer perigo para as crianças e adolescentes, podendo inclusive ser uma plataforma de interação saudável entre amigos. Porém, seu uso deve ser monitorado, pois como qualquer outra plataforma digital, está sujeito a presença de usuários de todas as índoles.
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