Nesta quarta-feira (25), o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) rejeitou uma proposta de resolução dos Estados Unidos sobre o conflito entre Israel e o grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza. Ainda que tenha sido aprovado por dez países, o projeto foi rejeitado pela Rússia e China. Ambos países são membros permanentes do conselho e, por isso, têm poder de veto. O Brasil se absteve.
Essa é a terceira proposta de resolução para a guerra que é rejeitada pelo Conselho de Segurança. A primeira foi apresentada pela Rússia no dia 16, porém, o texto não contou com a consulta de outros países em sua construção.
O segundo projeto foi apresentado pelo Brasil, atual presidente do conselho. Mas, apesar da longa negociação e inclusão de sugestões de outras nações, o texto foi rejeitado graças ao veto dos Estados Unidos.
Nesta quarta-feira, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, afirmou ter incorporado vários elementos da resolução apresentada pelo Brasil na semana passada, a mesma resolução rejeitada pelo próprio Estados Unidos. O texto também exigia uma pausa humanitária para permitir que a ajuda chegasse à população na Faixa de Gaza.
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No entanto, acrescentou um trecho que assegura o direito de Israel de revidar os ataques terroristas sofridos, algo que não havia no texto apresentado pela diplomacia brasileira. Após a rejeição, ela se disse desapontada pelo resultado e afirmou que ouviu a todos na construção do texto.
NOVA PROPOSTA DA RÚSSIA
Em seguida, a Rússia apresentou uma nova proposta de resolução, que foi rejeitada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, ambos com poder de veto, e contou com várias abstenções, nove, entre elas do Brasil.
Segundo a representante do Reino Unido, Barbara Woodward, a proposta da Rússia não poderia ser aceita por não garantir o direito de Israel se defender das agressões sofridas. Além disso, Woodward destacou que, novamente, não houve qualquer consulta do representante da Rússia aos demais membros do conselho.
ENTENDA
O Conselho de Segurança da ONU tem cinco membros permanentes, a China, França, Rússia, Reino Unido e os Estados Unidos. Fazem parte do conselho rotativo a Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes. Para que uma resolução seja aprovada, é preciso o apoio de nove do total de 15 membros, sendo que nenhum dos membros permanentes pode vetar o texto. Já na Assembleia Geral da ONU não existe tal mecanismo.
*Com informações da Agência Brasil
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