Ana Paula Cadamuro ficou famosa após compartilhar sua rotina com parosmia. Desde 2020, tudo para ela tem cheiro de podre, desde a comida até o perfume que seu marido usa todos os dias.
Os médicos explicam que ela sofre de uma condição em que o cérebro distorce o olfato e tudo passa a ter um cheiro desagradável.
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Como saber se tenho parosmia?
A parosmia é um distúrbio temporário do olfato que leva a uma dificuldade de reconhecer ou perceber cheiros ou aromas. Os sintomas incluem sentir um mau cheiro persistente, especialmente quando o alimento está ao redor.
O diagnóstico é feito através de um histórico médico detalhado e testes especializados que avaliam a capacidade de identificar e diferenciar odores. O tratamento depende da causa. O cheiro começa no nariz, mas é processado pelo sistema nervoso. O corpo humano é capaz de identificar um trilhão de cheiros diferentes, compostos por várias moléculas, que entram no nosso nariz e se unem a diferentes neurônios olfatórios.
A parosmia tem cura?
A parosmia não tem cura definitiva, mas alguns tratamentos podem ajudar a diminuir os sintomas. É importante procurar um otorrinolaringologista para determinar a causa e o tratamento adequado.
Quanto tempo dura a parosmia?
A parosmia pode durar de poucas semanas a longos meses. Ela pode surgir cerca de 1 a 2 meses após a infecção inicial pelo coronavírus e se manter por cerca de 8 meses ou mais. O tempo para os sensores do olfato voltarem ao normal varia de pessoa para pessoa, sendo bastante demorado em certos casos, por conta da lenta regeneração das células responsáveis pelo sentido.
Pessoas com parosmia sentem cheiro podre?
A parosmia compromete a função olfativa, fazendo com que o cheiro natural seja percebido como tendo um odor podre, queimado, fecal ou químico.
A parosmia só acontece com quem teve covid?
Além da covid, outras doenças e condições podem levar à parosmia, como gripe, sinusite aguda, tratamentos contra o câncer, tumores cerebrais, boca seca crônica, uso de certos medicamentos e traumatismo craniano.
O distúrbio não é uma condição rara e se tornou ainda mais comum, segundo a Cleveland Clinic, centro médico acadêmico de referência nos Estados Unidos, após a pandemia de Covid-19. Um estudo de 2021 mostrou que 40% a 75% das pessoas que foram infectadas pelo coronavírus desenvolvem a condição.
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