5 de dezembro de 2024
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PM me disse que até mesmo vereadora poderia ter ilícito na bolsa, diz parlamentar negra revistada

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A vereadora paulistana Luana Alves (PSOL) afirma ter sido revistada por policiais nesta quarta-feira (3) durante um protesto contra o fim da gratuidade para idosos entre 60 e 64 anos no transporte público de São Paulo. O ato, que tem entre os organizadores o MPL (Movimento Passe Livre), acontece no […]

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A vereadora paulistana Luana Alves (PSOL) afirma ter sido revistada por policiais nesta quarta-feira (3) durante um protesto contra o fim da gratuidade para idosos entre 60 e 64 anos no transporte público de São Paulo.
O ato, que tem entre os organizadores o MPL (Movimento Passe Livre), acontece no começo da noite desta quarta em frente à Prefeitura de São Paulo.
Negra, Luana afirma ter sentido seletividade racial na ação dos policiais, que não estariam revistando pessoas brancas próximas. “É um ato superpacífico. Falei que era vereadora. E me falaram que mesmo uma vereadora poderia ter algo ilícito na bolsa”, relata.
Luana foi eleita pela primeira vez nesta legislatura e é a líder do PSOL na Câmara. Segundo ela, toda a sua equipe, formada por pessoas negras, passou pela mesma situação. “No geral foram bastante brutos”.
A reportagem procurou a Polícia Militar no começo da noite e, assim que a corporação se manifestar sobre o assunto, incluirá posicionamento da corporação nesta reportagem.
TARIFA
Em uma ação conjunta, a Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), e o governo do estado, gestão João Doria (PSDB), anunciaram em dezembro o fim da gratuidade no transporte coletivo municipal e intermunicipal para idosos entre 60 e 64 anos.
O benefício continua valendo para quem tem mais de 65 anos, como está previsto no Estatuto do Idoso.
A gratuidade no transporte para pessoas com 60 anos ou mais começou a valer na capital e no estado em 2013, após vários protestos contra o aumento da tarifa. As leis que garantiam o benefício foram sancionadas pelo então prefeito Fernando Haddad (PT) e o então governador Geraldo Alckmin (PSDB).

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