Uma rinha de galo foi fechada em um sítio na zona rural de Paraisópolis, Sul de Minas, neste sábado, 30 de julho. O local contava com estrutura de bar, lanchonete e ringue. Dez Galos foram encontrados amarrados no porta-malas de um carro e no total, 120 animais foram apreendidos.
A equipe da Polícia Militar do Meio Ambiente de Itajubá, com apoio de militares de Pouso Alegre e São Lourenço, chegou até o local após uma denúncia sobre a prática ilegal no bairro Lopes, feita por uma pessoa conhecida na cidade. Com a ajuda de um drone, os policiais confirmaram a rinha e um cerco foi feito. Vários veículos fugiram.
A equipe conseguiu abordar um carro com a placa de Alfenas. No porta-malas do veículo estavam 10 galos com lacres plásticos nos pés, imobilizados e amontoados, configurando maus-tratos.
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O local onde funcionava a rinha contava com estrutura de bar, lanchonete, balança para pesagem dos animais, lacres de pés para as aves, esferas plásticas e placas plásticas, com anotações de proprietários e nomes dos galos, além de toalhas sujas com sangue. Também foram apreendidos cadernos com anotações e o regulamento da rinha. No sítio havia alguns galos e dois deles machucados e debilitados.
Ao perceberem que os cabos de energia da arena davam em um sítio vizinho, os militares foram nesse local e lá encontram baias com 98 galos. Os animais não apresentavam ferimentos. Eles chegaram a ser apreendidos, porém, por não poderem ficar juntos, pois brigam, os galos permaneceram no local e esperaram uma determinação judicial.
O proprietário do sítio negou participação no crime ambiental, no entanto, caiu em contradição várias vezes e foi autuado. Os galos machucados foram encaminhados para uma clínica veterinária. O carro apreendido foi levado para um pátio credenciado em Paraisópolis.
As rinhas de galos foram proibidas no Brasil há mais de 80 anos, com a publicação do Decreto Federal 24.645/1934. Além disso, a Lei Federal 9605/1998 estabelece como crime qualquer ato de maus-tratos contra os animais. A pena para quem for condenado vai de dois a cinco anos de prisão, além do pagamento de multa.
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