Nesta quarta-feira (19), o promotor de Justiça Jean Michel Forest, do Ministério Público de Santa Catarina, decidiu arquivar a investigação sobre a Bola de Neve de Balneário Camboriú e o projeto social da igreja, a Casa das Anas. A entidade havia sido acusada por ex-membros de desviar dinheiro dos fiéis em benefício de um casal de pastores e sua família.
Por que a investigação sobre a Bola de Neve foi arquivada?
De acordo com o promotor, “por não se verificar a ocorrência de atos que configurem lesão ou ameaça aos interesses ou direitos tutelados pelo Ministério Público, notadamente de atos atentatórios à moralidade administrativa, arquivo a presente Notícia de Fato”.
Caso houvesse indícios de ilegalidades, o procedimento preliminar poderia ter virado uma investigação ou até mesmo uma ação civil pública.
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O que aconteceu?
As denúncias contra a liderança da Bola de Neve de Balneário Camboriú (SC), Natanael Nunes e a esposa, Ana Lúcia Paixão, afirmavam que as doações para as ações sociais da igreja teriam sido usadas para abrir um salão de beleza para a filha dos pastores. Mas, segundo ex-membros, o dinheiro dos fiéis deveria ser destinado ao Ipê (Instituto para Empreendedoras). O projeto estaria relacionado a ONG Casa das Anas, que atende mulheres vítimas de violência doméstica.
Além disso, os pastores também teriam se beneficiado de forma indevida do trabalho na Casa das Anas, usando as cozinheiras do projeto a fim de preparar o almoço deles, que seria preparado de forma “especial” em relação às mulheres atendidas pelo projeto.
O casal ainda foi acusado de se apossar dos lucros da cantina e da lojinha da igreja, empreendimentos que eram geridos por voluntários. Entretanto, segundo o MP nada pode ser verificado durante a investigação preliminar.
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