11 de fevereiro de 2025
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Por que a médica Ligia Bahia foi punida pelo CFM?

CFM pediu indenização de R$ 100 mil e acusou a médica Ligia Bahia de difamação; descubra os detalhes do porque ela foi punida

Descubra porque a médica Ligia Bahia foi punida pelo CFM
Descubra porque a médica Ligia Bahia foi punida pelo CFM (Foto: Divulgação/ CFM)

A professora e médica Ligia Bahia foi acusada de difamação pelo CFM (Conselho Federal de Medicina). Nesta segunda-feira (3), a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e a ABC (Academia Brasileira de Ciências) divulgaram uma nota conjunta em apoio à médica (leia abaixo na íntegra).

Na internet, houve buscas sobre porque a médica Ligia Bahia foi punida pelo CFM. Por isso, descubra os detalhes abaixo.

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Por que a médica Ligia Bahia foi punida pelo CFM?

A médica foi acusada de difamação pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) e pediu uma indenização de R$ 100 mil por causa de declarações feitas em uma entrevista ao canal do YouTube do Instituto e Livraria Conhecimento Liberta.

De acordo com o CFM, a médica teria feito “acusações infundadas”, “proselitismo ideológico” e “discurso de ódio” contra a instituição. Supostamente, uma das falas da médica sobre a instituição no canal do YouTube seria: “É ultra preocupante que o Conselho Federal de Medicina seja ocupado, digamos assim, politicamente, por posicionamentos político-partidários muito claros” .

Além da indenização, de acordo com a Folha de S. Paulo, o CFM também pede retratação pública de Bahia e proibição de novas publicações consideradas ofensivas por eles.

Nota de repúdio da SBPC e ABC

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) vêm a público manifestar seu apoio à professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro do Conselho da SBPC, Ligia Bahia, diante das acusações feitas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

O processo movido pelo CFM exige retratação e indenização por declarações dadas por ela no canal de YouTube “O Conhecimento Liberta (ICL)”, onde criticou a postura do Conselho em relação à vacinação contra a COVID-19 durante a pandemia e o apoio ao uso da cloroquina no tratamento. Além disso, ela contestou o posicionamento do CFM contrário à legislação que permite o aborto em crianças vítimas de estupro.

As declarações da professora Ligia Bahia refletem consensos científicos amplamente reconhecidos, tanto no Brasil quanto internacionalmente. Ao buscar puni-la por defender estratégias baseadas em evidências científicas, o CFM se afasta dos princípios básicos da ciência e da liberdade de expressão, que fundamentam a vida acadêmica e as sociedades democráticas.

A SBPC e a ABC expressam sua firme solidariedade a Ligia Bahia, destacando sua trajetória exemplar na defesa da ciência e na luta incansável pela melhoria das condições de saúde da população brasileira.

A nota é assinada pela presidente da ABC, Helena Bonciani Nader, e pelo presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro, em São Paulo e Rio de Janeiro, em 3 de fevereiro de 2025.

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Anthony Teixeira
É jornalista e Analista de Mídias Digitais Jr. do Grupo EP. Tem experiência com reportagens multimídia e produção de web documentário. É formado em jornalismo pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e tem afinidade com produção e edição de conteúdo para as redes sociais. Está no grupo desde 2022.
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