No início desta semana, a Bola de Neve anunciou o afastamento de seu fundador Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, conhecido como apóstolo Rina, das funções na congregação. O comunicado foi feito após a igreja ter o nome relacionado a denúncias de desvio de dinheiro em uma unidade em Balneário Camboriú (SC) e a supostos episódios de agressão doméstica por parte de Rinaldo.
Por que o fundador da Bola de Neve se afastou da igreja?
Em uma nota de esclarecimento, a Bola de Neve informou que o Conselho Deliberativo, junto ao próprio Apóstolo Rina, “decidiu pelo afastamento do seu fundador para que se dedique integralmente a esclarecer os apontamentos apresentados e restabelecer sua saúde e a de sua família”.
Os “apontamentos” citados na nota se referem às denúncias da esposa de Rinaldo, a pastora Denise Seixas, contra o marido. Segundo Gabriela Manssur, a advogada da mulher, sua cliente foi vítima de violência psicológica e física por parte de Rina.
“A violência psicológica está trazendo grande abalo à saúde física e psíquica dela, um sofrimento muito grande”, disse Manssur, que confirmou na terça-feira (11) que Denise pediu uma medida protetiva contra o marido.
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Com o afastamento de Rinaldo da Bola de Neve, o Conselho Deliberativo assumiu a responsabilidade por todo o Ministério. No comunicado, a igreja ainda afirma que pretende tomar medidas construtivas para manter a integridade da instituição.
“Estendemos nossa verdade e retratação à família Bola de Neve, a qual tanto amamos, e a todos que, de alguma forma, decepcionaram-se com a condução da liderança e, também, para aqueles que um dia saíram feridos por quaisquer falhas cometidas no Ministério. Investimos nossas vidas pela cura, restauração e salvação de famílias, nunca para a destruição.
Como medidas construtivas, nos comprometemos com ações que farão com que a Igreja mantenha a integridade e a santidade da estrutura eclesiástica, entre elas estão:
• Instalação do canal de ouvidoria para catalisar possíveis falhas e má conduta, por meio do e-mail ouvidoria@boladeneve.com
• Elaboração de um Conselho de Ética para apuração e deliberação a respeito de todas as irregularidades apresentadas.
• Diligência e apuração de cada caso (inclusive de foro íntimo), averiguando necessidade de afastamento ou desligamento de lideranças.
• Acompanhamento de situações apresentadas pela investigação interna.
• Reformulação do Regimento Interno para alinhar com mais clareza expectativas da congregação e evitar que eventos semelhantes aconteçam novamente”, diz a nota.
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