Apesar de serem parecidos, o golfinho e o boto-cor-de-rosa possuem alguns pontos de distinção. O segundo é conhecido no território brasileiro, chamado até mesmo de golfinho do Rio Amazonas, mas não é o único entre esses cetáceos a apresentar a coloração rosa.
Há também o golfinho-cor-de-rosa, ou golfinho-corcunda-indopacífico, da espécie sousa chinensis. Diferente do boto, que ocorre em água doce, ele costuma habitar a água salobra, podendo ser encontrado no oceano Índico e sudoeste do Pacífico, conforme explicou o biólogo marinho Eric Comin.
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Além do local que habitam, eles possuem diferenças corporais. O biólogo disse que o boto-cor-de-rosa apresenta nadadeiras dianteiras muito grandes e um bico maior, com uma protuberância, que relembra um melão. Por meio dele, o animal consegue emitir ondas ultra-sonoras.
“Estas ondas refletem sobre os corpos sólidos, retornando como eco, orientando o boto, perfeitamente, em águas negras ou barrentas, com reduzida ou até nenhuma visibilidade”, comentou.
Os seus olhos também são muito menores do que os dos golfinhos do mar. Após passarem anos em isolamento nas águas turvas do rio, a seleção natural permitiu que o senso de visão do boto se reduzisse um pouco.
Mas ambas as espécies de coloração rosa são ameaçadas de extinção, principalmente devido à pesca. “Os golfinhos precisam subir para respirar, e acabam enroscando nas redes e se afogando”, afirmou Eric.
POR QUE A COR ROSA?
Não se sabe ao certo o motivo desses cetáceos apresentarem uma pele rosada. Porém, na visão do biólogo marinho, a razão pode estar ligada a uma questão natural de sobrevivência. “A coloração diferente chama atenção, então isso pode ser uma estratégia que essa espécie fez para atrair o parceiro ou a parceira”, disse Eric.
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