Nesta terça-feira (29), a PF (Polícia Federal) realiza uma operação em Goiás para cumprir mandados de busca e apreensão contra o deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil). Ele é suspeito de estar envolvido nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília.
Amauri Ribeiro tem 50 anos e é natural de Trindade (GO), mas a sua base eleitoral foi construída em Piracanjuba (GO), onde foi vereador e prefeito. Além de sua carreira política, ele também é agropecuarista.
Durante uma sessão realizada na Assembleia Legislativa de Goiás, no dia 6 de julho, o político revelou ter levado comida e até ficado nos acampamentos golpistas em frente aos quartéis. “Eu ajudei a bancar quem estava lá […]. Eu ajudei, levei comida, levei água, dei dinheiro”, disse.
Em seguida, ele também afirmou, em tom de ironia, que deveria ter sido preso. “Mandem me prender, eu sou um bandido, um terrorista, um canalha, na visão de vocês”, completou.
Depois do ocorrido, Amauri Ribeiro disse, em um termo de esclarecimento, que estava debatendo com os outros deputados e que não considerava bandidos os que estavam acampados na porta do quartel em Goiânia. “Por questões humanitárias levei água e alimentos para os mais carentes que lá estavam”, contou.
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POLÊMICAS DE AMAURI RIBEIRO
Além do suposto envolvimento nos atos antidemocráticos, Amauri Ribeiro coleciona outras polêmicas ao longo de sua atuação política. No início do seu mandato, ele tomou posse usando um chapéu, apesar do regimento interno da Assembleia Legislativa proibir. Ele alegou na época que tinha sensibilidade à luz, por isso a necessidade do acessório.
Também na Assembleia Legislativa, em agosto de 2021, Amauri disse que a vereadora Lucíula do Recanto (PSD) “merecia um tiro na cara”. A fala foi feita durante um discurso em defesa à propriedade privada.
Em janeiro deste ano, o deputado estadual se tornou réu por racismo. O motivo foi uma publicação, feita em abril de 2022, de uma imagem com uma mão branca apertando o punho de um braço negro, que “veste” uma roupa de arco-íris (símbolo do movimento LGBTQIA+), com a frase “na minha família não”.
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