Daniel Pedreira Senna Pellegrine, mais conhecido como MC Daleste, teve sua vida interrompida ao ser atingido por um disparo de armam de fogo, durante um show em Campinas (SP) em uma festa julina. Nesta sexta-feira (7), o assassinato do cantor completa 10 anos. MC Daleste tinha 20 anos e ninguém foi preso pelo crime.
O funkeiro ganhou destaque no cenário do funk com o estilo “funk ostentação”. Músicas como “Mina de Vermelho”, “Mais Amor, Menos Recalque”, “Camarote”, “Gosto mais do que Lasanha”, eram sucesso na época. O assassinato aconteceu quando sua carreira começava a decolar.
MC Daleste causou polêmica ao cantar o estilo “proibidão”, que consiste em letras com referências a atos de violência, sexo e drogas.
Seu legado ultrapassa um estilo musical e chega a marcar uma data especial para o funk no estado de São Paulo, já que uma lei publicada pelo governo paulista em setembro de 2016 instaurou o dia 7 de julho como o “Dia Estadual do Funk em São Paulo”.
INVESTIGAÇÃO
As investigações sobre o assassinato do músico foram encerradas pela Polícia Civil sem conclusões sobre a autoria e motivação do crime.
Uma reconstituição simulada sobre o assassinato também foi realizada por peritos do IC (Instituto de Criminalística). Na ocasião, eles concluíram que os disparos foram feitos a 40 metros de distância do palco onde estava o cantor de 20 anos, e teriam partido de área ao lado de uma casa à época em construção – perto de um matagal por onde o suposto criminoso deve ter fugido do local.
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MORTE
Foram dois disparos. O primeiro o atingiu de raspão na altura do braço. O segundo o atingiu no tórax e causou sua morte.
O cantor foi levado ao Hospital de Paulinia, mas morreu no centro cirúrgico. O laudo divulgado pelo IML (Instituto Médico Legal) apontou que o segundo tiro atingiu o tórax e perfurou o estômago, o fígado e o pulmão direito do artista. Segundo o laudo, os ferimentos causaram sangramento e a morte foi provocada por anemia aguda.
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