A ANDES-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) publicou uma nota de repúdio nesta segunda-feira (24) à criminalização e perseguição ao livre direito de manifestação política de professores da UFLA (Universidade Federal de Lavras), no Sul de Minas.
O documento, assinado pela diretoria do órgão, afirma que um programa de rádio local acusou, sem provas, os docentes da universidade de intimidar estudantes em sala de aula, a votarem no candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que fariam greve caso o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), ganhasse o segundo turno das eleições.
Segundo a nota, “as acusações vêm sem nenhum tipo de prova e são inverídicas – e criminosas, uma vez que, inclusive, esses/essas docentes encontram-se em recesso. Entendemos, no entanto, que o caso expressa um cerceamento das liberdades de manifestação política, ou seja, uma ataque à democracia no país”, afirma.
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O Sindicato Nacional também repudiou a suposta xenofobia sofrida por uma professora da UFLA, que é boliviana, e foi à emissora responder às acusações sofridas pelos professores. A instituição reafirmou que continuará na defesa da democracia.
“O ANDES-SN por meio de todos/todas seus/suas professores(a)s seguirá sem medo e afirmando em suas ações o direito de viver num país democrático”, diz o texto.
O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou por unanimidade, em 2020, ser inconstitucional a proibição da livre manifestação de ideias em universidades. A interpretação estava nos artigos 24 e 37 da Lei das Eleições (Lei 9.504/1997), que proíbem a publicidade eleitoral em bens públicos que levem à censura de manifestações e pensamentos.
Confira a nota na íntegra aqui
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