Muito encontrada na caatinga, no Nordeste brasileiro, a taipa de pilão é uma técnica de construção usada há milhares de anos. Apesar de ser um método antigo, ele acompanhou o avanço da arquitetura, e hoje é visto como uma tecnologia responsável e sustentável, muito utilizada em grandes construções.
A técnica consiste em comprimir a terra em formas de madeira, que são as taipas, no formato de uma grande caixa. Esse barro é compactado horizontalmente, com o auxílio de um pilão ou outra ferramenta, em camadas de aproximadamente 15 cm de altura. Ao atingir a altura desejada, é formada uma estrutura resistente de uma parede sólida.
Para fazer a mistura ideal a ser utilizada na construção, é necessário selecionar uma porção de terra que contenha um equilíbrio de argila, areia e lodo. Ela deve ser umedecida até atingir a consistência adequada para o trabalho.
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QUAL É A ORIGEM DA TAIPA DE PILÃO?
As primeiras paredes feitas utilizando a técnica de taipa de pilão surgiram na China, pelo povo Longshan entre 2600-1900 a.C. Inclusive, partes da Grande Muralha da China, uma das sete maravilhas do mundo moderno, foram feitas com esse método de construção.
Monastérios budistas localizados no Himalaia e em regiões do norte da índia utilizaram essa técnica para serem levantados. Assim, ela foi se espalhando para o Oriente Médio e Norte da África. A partir de invasões territoriais e movimentos de migração de diferentes povos, a taipa de pilão chegou na Europa.
Já no Brasil, ela aparece com grande destaque na arquitetura do período colonial. Há teorias de que pode ter sido trazida pelos portugueses, mas muitos estudiosos acreditam que houve uma influência da população negra escravizada, por essa técnica ter sido utilizada no território africano.
Assim, existem diversas obras históricas espalhadas por São Paulo, Salvador, Minas Gerais e Rio de Janeiro que usaram esse método em sua construção. Mas, é em Campinas (SP) que está uma das mais altas estruturas de taipa de pilão existentes no mundo: a Catedral Metropolitana da cidade.
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