12 de dezembro de 2024
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Voçoroca gigante chega a 6 metros de profundidade em distrito industrial de Machado

Fenômeno avança em local onde foram construídas várias empresas da região

Há três anos uma voçoroca gigante avança no distrito industrial de Machado (MG). Com as chuvas das últimas semanas, o problema gera preocupação em empresários, pois no local foram construídas várias empresas na região. A cratera já está com mais seis metros de profundidade.

De acordo com doutorando em ciências ambientais pela Unifal (Universidade Federal de Alfenas), João Vítor Monteiro da Silva, o fenômeno geológico é provocado pela passagem de grandes volumes de água.

“A voçoroca é um processo avançado de erosão. A erosão se inicia pelo processo hídrico principalmente, especialmente nesse caso que nós estamos tratando. Com o passar do tempo, vão se formando sulcos e ravinas, transformando-se em voçorocas, que são esses grandes buracos na terra ou recortes”, explicou.

Quanto mais água, maior a erosão, o que pode piorar o problema. Na época que a primeira empresa chegou ao local, ainda não havia licença ambiental. O Ministério Público chegou a entrar com uma ação solicitando a paralisação das obras do distrito até o licenciamento. Hoje, Machado já tem essa documentação. 

 

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O secretário de obras de Machado, Aryovaldo Magalhães D´Andréa Júnior, afirma que o problema veio da administração passada. Ele disse ainda que a obra da recuperação está em andamento e a cidade chegou a conseguir um financiamento de R$ 10 milhões para o início dos reparos.

“Já executamos lá quase R$ 4 milhões. Fizemos toda a obra de infraestrutura inicial, de drenagem, pavimentação, meio-fio, sarjeta, energia elétrica pro pessoal lá e não paramos em momento nenhum. Inclusive estamos projetando já o restante da obra de drenagem para contemplar o que gera hoje o dano ambiental”, disse o secretário.

O pesquisador João Vitor Monteiro explica ainda que a situação não é de fácil resolução. “Primeiro é necessário fazer um estudo de campo, levantamento de solo, do tipo de cultura que é empregada ali, o isolamento da área, se tem animais pastando é necessário isolar essa área, um estudo da vegetação de fauna e flora, a presença de indústrias também pode ser um agravante se não houver uma canalização correta. Não basta canalizar a água fluvial sem saber onde será lançada, senão podem ser novos agravantes”, conclui. 

 

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