Um morcego albino raro chamou a atenção de especialistas ao ser identificado na região de Piracicaba. Essa é a segunda vez que a espécie com essa característica aparece no Brasil e os cientistas constataram que o morcego é uma fêmea grávida da espécie Artibeus planirostris.
De acordo com veterinários, os animais albinos – aqueles que apresentam pouca melanina na pele, substância responsável pela coloração – raramente atingem a idade adulta. Muitas das vezes, esses animais acabam sendo acometidos por queimaduras, câncer de pele ou são facilmente caçados por predadores, devido à coloração incomum.
Em entrevista ao G1, a bióloga Maria Clara do Nascimento explica que casos de animais albinos são difíceis de serem observados. Ela relata que, no mundo, existem, ao menos, 60 espécies de morcegos reportados. No Brasil, apenas nove espécies já foram registradas. “Para a espécie Artibeus planirostris esse é o segundo registro. Trata-se de uma ocorrência interessante por ser uma fêmea grávida”, explica.
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A primeira vez que a espécie com essa condição foi encontrada pela ciência aconteceu no Instituto Fazenda Tamanduá, em Santa Terezinha, na Paraíba.
ALIMENTO À BASE DE SANGUE?
A espécie Artibeus planirostris tem uma dieta à base de frutas e tem a característica de voar grandes distâncias, além de apresentar ampla distribuição pelo país, com exceção de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Além disso, biólogos explicam que esses morcegos podem habitar áreas florestais, áreas abertas e até áreas urbanas, procurando refúgio em oco de árvores, folhagens e cavidades naturais.
Por ter uma alimentação frutífera, essa espécie tem uma importante função como dispersora de sementes. Além disso, elas têm o papel de influenciar diretamente no processo de sucessão ecológica do meio que habitam.
*Com informações de G1