13 de dezembro de 2024
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Veja quais são os sintomas de Alzheimer em cães

Embora pouco conhecida, os cães também sofrem de uma doença equivalente ao alzheimer dos humanos: a síndrome de disfunção cognitiva

Com o passar dos anos a vida dos nossos pets estão se prolongando, muito por causa de cuidados ao longo de suas vidas. Já não é raro ver cães de 18 ou 20 anos. Mas este prolongamento da sua vida tem consequências, e embora pouca gente o saiba, os cachorros também sofrem de uma doença equivalente ao Alzheimer dos humanos: a síndrome de disfunção cognitiva.

Pouco divulgada, a doença é muito mais comum do que se imagina. “A síndrome de disfunção cognitiva afeta cães entre os 11 e 15 anos, dependendo da raça. É uma doença neurodegenerativa progressiva, que afeta várias funções do sistema nervoso dos nossos cães como memória, aprendizado, consciência e percepção podem ser alteradas”, explicou o médico-veterinário e diretor da Faculdade Qualittas, Francis Flosi Flosi.

Veja os sintomas e saiba identificar:

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De acordo com o médico-veterinário, é frequente observar modificações no comportamento dos cães afetados pela síndrome de disfunção cognitiva. “Podemos observar o nosso cachorro caminhando sem rumo em casa, ou vocalizando sem motivo aparente. Também o podemos ver com o olhar fixo no vazio ou notar uma curiosidade diminuída, falta de reações aos estímulos exteriores, ou inclusivamente notar que o nosso cão está apático e já não se limpa”, detalha Flosi.

Outro comportamento notado pelos proprietários de cães com Alzheimer é o lamber excessivo de objetos ou dos mesmos proprietários do cão.

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Alteração do apetite

Dependendo dos casos, os cachorros que sofrem de Alzheimer podem ter um apetite diminuído ou aumentado. Também podem apresentar alterações de costumes alimentares, e comerem objetos. “É muito importante prestar atenção neste aspecto, pois devemos nos certificar que o nosso cachorro se alimenta. Para isso acontecer devemos indicar-lhe onde se encontra a comida e inclusivamente em alguns casos devemos esperar para nos certificarmos de que come o que devia”, disse.

Sono perturbado

Os períodos de sono aumentam no cão que sofre de alzheimer, e o sono durante a noite é de má qualidade. “Ao ver-se alterado o ciclo de sono, o cão despertará com frequência pela noite e dormirá durante o dia para compensar. Às vezes quando acorda à noite pode latir sem motivo”, detalha.

Modificação das interações sociais

Os cachorros com alzheimer perdem o interesse nos seus donos, uma vez que não se mostram contentes quando chegamos em casa ou quando os acariciamos, não procuram atenção e não parecem se interessar pelos carinhos, enquanto que em outros momentos pedem atenção constante e de forma excessiva.   

“É frequente que estes cães deixem de brincar com o proprietário e com os seus brinquedos. Podem esquecer a hierarquia estabelecida na família, e inclusivamente não reconhecer os seus donos, não serem receptivos, e às vezes a sua agressividade para com outros cães pode aumentar”, explica Flosi.

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Desorientação

Segundo o médico-veterinário, um cão que sofre de alzheimer perde o sentido de orientação e pode perder-se em lugares que antes lhe eram familiares e costumava conhecer bem, tanto dentro como fora de casa. Pode ficar bloqueado em um canto ou diante de obstáculos em vez de passar ao lado. “O animal pode ter dificuldades para encontrar as portas, ou ficar esperando em frente das portas erradas para sair de algum lugar. Caminha sem objetivo e parece perdido dentro de um espaço familiar”, diz.

Perda da sua educação

Outro sinal da doença é quando o cão já não responde aos comandos que antes conhecia. Frequentemente podem esquecer-se de costumes como urinar e fazer as suas necessidades fora de casa, e inclusivamente podem sair para a rua e entrar em casa e urinar já dentro de casa. “Neste último caso é importante comprovar que não se trata de alguma outra doença relacionada com a velhice”, aponta Flosi.

O que deve fazer se o seu cachorro sofre de Alzheimer?

Em caso de suspeita que o cachorro está sofrendo de Alzheimer deve procurar o médico-veterinário para que confirme o diagnóstico e lhe dê conselhos e recomendações para o seu caso em concreto.   

“Devemos ajudar o nosso cão a todo a hora, especialmente vigiar para que se alimente, se encontre confortável dentro de casa e jamais devemos deixá-lo solto no parque ou outros lugares. Temos que dar-lhe carinho e atenção, embora provavelmente não nos reconheça, tente transmitir segurança e estimular o cão para brincar”, finaliza Flosi.
 
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Luciana Félix
Supervisora de conteúdo digital do acidade on e do Tudo EP. Entrou no Grupo EP em 2017 como repórter do acidade on Campinas, onde também foi editora da praça. Antes atuou como repórter e editora do jornal Correio Popular e do site do Grupo RAC. Também atuou como repórter da Revista Veja, em São Paulo.
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